Centenas de operacionais combatem as chamas. Em Murça, 300 pessoas foram retiradas das casas.
O incêndio em Murça, que continua a lavrar desde dia 17 de julho, não dá tréguas. Está a ser combatido por mais de 650 operacionais, ajudados por 235 viaturas e onze meios aéreos.
As chamas estenderam-se aos concelhos vizinhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços.
"Os danos são enormes. Vim do posto de comando de Vila Pouca de Aguiar para aqui e vi sempre em área ardida", referiu na segunda-feira, 18, o presidente da Câmara de Vila Pouca, Alberto Machado.
O autarca falava aos jornalistas após deslocar-se a Murça, onde está instalado um posto de comando da Proteção Civil, para participar num briefing com autarcas e com as várias forças envolvidas nesta ocorrência.
"Estamos a falar numa área já superior a 3.000 hectares e dentro dessa uma área significativa de povoamento de pinheiro-bravo e de souto", destacou, referindo-se à área conjunta dos municípios de Vila Pouca de Aguiar e Murça.
Na segunda-feira, o fogo obrigou à retirada de cerca de 300 populares de várias aldeias de Murça por precaução.
O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, referiu serem habitantes das aldeias de Valongo de Milhais, Ribeirinha, Penabeice, Mascanho, paredes e Vale de Égua.
Na tarde de segunda-feira, um casal de idosos foi encontrado morto num carro carbonizado, após um acidente rodoviário que ocorreu numa zona ardida no concelho e que está a ser investigado pela GNR.
Segundo a proteção civil, o casal sofreu "um despiste seguido de capotamento".
Já o fogo em Bustelo, Chaves, continua a ser combatido por mais de 150 bombeiros e 47 viaturas, mas entrou hoje em fase de consolidação e rescaldo. Porém, o "vento intenso" continua a preocupar, disseram à Lusa fontes da Proteção Civil e da autarquia.
"Acredito que no dia de hoje vamos ter boas notícias", disse o presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, sobre o fogo que chegou a ameaçar sete aldeias daquele município do distrito de Vila Real.
De acordo com o balanço feito pelo autarca, pelas 09:45, as chamas não punham em risco populações e habitações.
Nuno Vaz contou que, "ainda que não possa ser dado como extinto", o fogo "deu tréguas durante a noite", muito graças à descida de temperatura na região, mas o "vento intenso" continua a preocupar.
Também o comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, Miguel Fonseca, disse à Lusa que "o vento continua a preocupar", mas apontou que estão em curso "trabalhos de consolidação e rescaldo com máquinas de rasto e operacionais".
"O incêndio está dominado, mas exige muita vigilância. O incêndio tem duas pequenas frentes ativas. A noite ajudou muito. Tivemos duas reativações de noite, mas conseguimos fechar o incêndio nos caminhos", referiu.
Sobre estragos, Nuno Vaz e Miguel Fonseca salientaram ser "prematuro para avaliações" e destacaram que não há registo de feridos quer entre populares, quer entre operacionais de socorro.
"A área ardida é muito significativa, bastante acima de dois mil hectares. Mas caberá ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas fazer essa avaliação", disse Nuno Vaz.
Este incêndio começou pelas 14:45 de sexta-feira e foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas nesse dia à tarde verificou-se uma reativação que ganhou grande dimensão devido ao vento forte e às altas temperaturas.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.
"O cachecol é uma herança de família," contrapôs a advogada de Beatriz. "Quando o casamento terminou, os objetos sentimentais da família Sousa deveriam ter regressado à família."