"São cerca de 36 famílias, o levantamento está a ser feito", explicou Miguel Albuquerque.
O Governo da Madeira pretende realojar os moradores da Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, numa "zona mais confortável", indicou este sábado o presidente do executivo, considerando que o sítio permanece isolado na sequência do incêndio.
HOMEM DE GOUVEIA/LUSA
"A situação da Fajã das Galinhas é uma situação de grande perigosidade, já não é de agora, e penso que estamos em condições para encontrar uma solução definitiva para essas famílias", disse Miguel Albuquerque.
O governante falava em conferência de imprensa, na qual apresentou o ponto da situação do incêndio, no Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, no Funchal.
"São cerca de 36 famílias, o levantamento está a ser feito", explicou, para logo acrescentar: "Nós queremos, no fundo, fazer o realojamento das famílias numa zona mais confortável da freguesia, onde não estejam sujeitas àquela acessibilidade periclitante."
Em 17 de agosto, 120 pessoas foram retiradas do sítio, na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, nas zonas altas do concelho, devido às chamas que cercaram a zona e tornaram intransitável a única estrada de acesso, numa extensão de cerca de dois quilómetros ao longo de uma escapa.
Dezasseis famílias, 42 pessoas, estão temporariamente alojadas no Centro Comunitário da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, quatro permaneceram no sítio e as restantes estão em casas de familiares.
"Iremos encontrar, em consonância com o trabalho que está a ser feito pelo senhor presidente da Câmara [de Câmara de Lobos], realojamento provisório para essas famílias e depois podermos, com o tempo e em função do investimento prioritário, [fazermos] o realojamento definitivo dessas famílias num local mais adequado", disse Miguel Albuquerque.
O chefe do executivo admitiu, no entanto, que o processo de deslocalização dos moradores é complexo.
"É evidente que há sempre aqui alguma complexidade, porque são pessoas, algumas delas que têm os seus bens naquela zona, viveram durante muitos anos na zona, mas eu acho que neste momento que a situação passa por um realojamento confortável e definitivo das famílias, aquelas que quiserem, noutra zona", defendeu.
Antes, em 20 de agosto, o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Leonel Silva, disse à agência Lusa que um conjunto de famílias da Fajã das Galinhas já não regressaria ao local se lhes fosse proporcionada uma solução habitacional e lembrou que a Câmara Municipal já tem um plano para a construção de 30 moradias orçado em 7,5 milhões de euros.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Hoje de manhã, ao 11.º dia, a Proteção Civil regional indicou que o fogo está controlado e que os operacionais se mantêm no terreno em operações de rescaldo, controlando alguns pontos quentes.
Nestes dias as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.