A possibilidade de algum chinês residente em Portugal ser portador do vírus é tão remota como "poder-lhe sair o euromilhões", exemplificou Y Ping Chow, presidente da Liga dos Chineses.
O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, disse hoje à Lusa que estes cidadãos não são "automaticamente portadores de doenças", depois de existir um segundo caso suspeito de coronavírus no país.
"Francamente, não temos medo de contagiar alguém, isso será algo muito difícil por parte da comunidade que cá [Portugal] vive, porque as entradas e as saídas dos países estão extremamente controladas", disse à Lusa, após a Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmar estar a avaliar um segundo caso suspeito de infeção em Portugal.
A possibilidade de algum chinês residente em Portugal ser portador do vírus é tão remota como "poder-lhe sair o euromilhões", exemplificou.
Contudo, apesar disso, o líder da comunidade chinesa receia que o "medo de contágio" afaste os portugueses dos negócios geridos pelos chineses e que estão espalhados por todo o país, nomeadamente lojas e restaurantes, o que seria um "grande problema".
Y Ping Chow contou não conhecer nenhum chinês residente em Portugal proveniente de Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes onde foi detetado o vírus no final do ano.
O coronavírus foi identificado pela primeira vez em janeiro de 2020 na cidade de Wuhan, na China. O vírus mortal não tinha sido identificado até então em seres humanos mas causou um surto na cidade chinesa e já fez 169 mortos.
"Mas não significa que não haja, eu não conheço é nenhum", frisou.
Apesar dos receios, o presidente da Liga dos Chineses em Portugal considerou que o país é "compreensivo" e "nada discriminatório", mostrando-se "tranquilo" quanto às repercussões que as "notícias sobre o vírus" possa ter na comunidade.
Acredita, contudo, que as relações comerciais, ainda que no imediato, vão "passar por dificuldades", até por causa das normas de segurança agora impostas.
"A entrada e a saída de mercadoria no país vai ser mais difícil, mas não será uma situação dramática", entendeu.
"Este doente regressou da China no dia 22 de janeiro onde teve contacto com um cidadão com provável infeção pelo 2019-nCoV [Coronavírus] e está a ser encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de S. João no Porto, hospital de referência para estas situações", adiantou, em comunicado.
Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
Líder de comunidade em Portugal: Chineses não são automaticamente "portadores da doença"
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