O cabeça de lista do PSD às europeias diz que Governo "acordou tarde" e que mais de metade da frota não está disponível por "razões burocráticas e procedimentais".
O cabeça de lista do PSD às europeias acusou esta quarta-feira António Costa e Pedro Marques de quererem "desviar as atenções" dos meios aéreos que faltam para combater incêndios, com as críticas à sua viagem de helicóptero às áreas ardidas.
"Dos muitos helicópteros que faltam no terreno, o único de que falam foi do que foi ao terreno", criticou Rangel, num almoço com apoiantes nos Bombeiros Voluntários do Dafundo.
O número um do PSD ao Parlamento Europeu sobrevoou na terça-feira de helicóptero as zonas afetadas pelos incêndios de 2017, tendo sido criticado pelo seu adversário do PS, Pedro Marques, e pelo secretário-geral, António Costa, que disse que a "vida política não se faz a andar de helicóptero, mas com os pés no chão, cara a cara com as pessoas".
Se, numa iniciativa de campanha pela manhã, Rangel já tinha pedido "serenidade e elevação" ao PS, no almoço -- onde, segundo a organização, marcaram presença "dezenas" de comandantes distritais de bombeiros - considerou "desproporcionais" os ataques dos socialistas e disse só os ter compreendido quando abriu os jornais hoje de manhã.
"Mais de metade da frota que devia estar disponível no dia 15 de maio não está. E não está por razões burocráticas e procedimentais, porque o Governo acordou tarde", acusou.
Rangel criticou ainda António Costa por não ter falado deste assunto no debate quinzenal, quando escolheu para tema da discussão precisamente o dispositivo de combate aos incêndios.
"Não teve nenhum pejo em não falar disso (...). Como já estão a falhar no primeiro dia da época de combate aos fogos, não havia outra coisa senão desviar atenções", acusou.
O dispositivo de combate a incêndios deste ano prevê 38 meios aéreos disponíveis a partir de hoje, mas só 21 vão estar operacionais, estimando o Governo que a partir de junho estejam aptas a voar todas as aeronaves.
"Ninguém nos vai dizer sobre que assuntos podemos falar nem quando podemos falar", desafiou Rangel, considerando que foi o PS e o Governo que puseram o tema dos incêndios na agenda ao escolhê-lo para o debate quinzenal.
"O PS pode falar sobre incêndios quando quer, o PSD não pode falar sobre proteção civil ou sobre fogos, tem de seguir a agenda do PS. Quando o PS fala não há aproveitamento, quando o PSD fala há aproveitamento", acrescentou.
Na sua intervenção, Rangel salientou que a preocupação do PSD com a proteção civil "é antiga" e defendeu que foi por pressão dos deputados sociais-democratas no Parlamento Europeu que haverá este ano um mecanismo de proteção civil reforçado.
No almoço marcaram presença o líder da distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, o vereador da Câmara de Sintra Marco Almeida, bem como o eurodeputado e sétimo da lista Carlos Coelho.
Antes do almoço, Paulo Rangel visitou a Associação Humanitária dos Bombeiros do Dafundo e o seu museu, onde deixou uma mensagem de homenagem e de gratidão a "todos as mulheres e homens" que "dedicam a sua vida" a esta atividade.
Incêndios: Rangel acusa Costa de "desviar atenções" dos meios que faltam
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