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Incêndio na Mouraria: vistoria conclui que prédio "não reúne condições de habitabilidade"

SÁBADO
SÁBADO 06 de fevereiro de 2023 às 16:42
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Proteção Civil explica que prédio continua sem eletricidade e gás, explicando que assim que os serviços forem repostos os habitantes poderão regressar às suas casas.

O edifício na Mouraria que foi afetado por um incêndio na noite deste sábado encontra-se "sem condições de habitabilidade" por permanecer sem energia e gás. O anúncio foi feito aos jornalistas pela Proteção Civil que garante que os habitantes do prédio só poderão regressar às suas casas quando "as infraestruturas forem repostas".

Duarte Roriz/Correio da Manhã

Ainda assim, de acordo com a vistoria realizada pelas equipas da Unidade de Intervenção Territorial Centro Histórico, da Câmara Municipal de Lisboa, Proteção Civil e Regimento Sapadores Bombeiros, o edifício não se encontra "estruturalmente afetado" pelo que se espera que isto aconteça brevemente. Já em relação ao rés-do-chão – local onde decorreu o incêndio – cerca de 20 pessoas que lá viviam tiveram de ser realojadas.

"A Santa Casa assegura o alojamento de emergência, e agora serão atendidas para saber se são elegíveis e para que tipo de apoios", disse a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Margarida Castro Martins, adiantando que o Alto Comissariado para as Migrações encontra-se também a acompanhar o processo.

Já a Polícia Judiciária esteve no local durante o período da manhã de forma a recolher elementos para investigação que pudessem indicar o que originou o fogo. Apesar de ainda não haver respostas, as autoridades estão inclinadas para que se tenha tratado de um curto-circuito num quadro elétrico.

O fogo só atingiu o rés-do-chão do prédio, na Rua do Terreirinho, acabando por provocar dois mortos, de nacionalidade indiana, afetar 25 pessoas e deixar 22 desalojados. No edifício viviam dois cidadãos belgas, dois argentinos, dois portugueses, três bengalis e 15 indianos.

O alerta para o incêndio foi dado às 20h37 de sábado e o fogo foi declarado extinto às 21h15, segundo o Regimento de Sapadores de Bombeiros. 

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, esteve no local na noite de sábado e garantiu que todos os desalojados seriam apoiados, lamentando as duas mortes. Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com Carlos Moedas na mesma noite para se inteirar da situação, lamentando igualmente a perda de vidas.

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