Decisão tomada após nova audiência no Tribunal Metropolitano de Budapeste. O hacker pedira às autoridades para não ser enviado para o País - "É uma questão de vida ou de morte" - e já recorreu da decisão.
O portuguêsRui Pinto, colaborador do Football Leaks, vai ser extraditado para Portugal pelas autoridades húngaras. A decisão foi tomada depois de uma audiência, esta terça-feira, no Tribunal Metropolitano deBudapeste, depois do hacker ter pedido para permanecer na Húngria, considerando que a sua extradição era uma "questão de vida ou de morte". A defesa já recorreu da decisão, com um recurso que tem "efeito suspensivo imediato" da decisão, e vai aguardar em território húngaro o desfecho deste apelo.
Rui Pinto foi detido em 16 de janeiro, na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) por duas situações: acesso aos sistemas informáticos doSporting Clube de Portugale do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de jogadores do SCP e do então treinadorJorge Jesus, assim como de contratos celebrados entre aDoyene vários clubes de futebol.
"Eu vivo em Budapeste desde fevereiro de 2015. Os factos foram cometidos em território húngaro. Nunca recebi nenhum valor monetário pelo que fiz. Tudo o que fiz foi pelo interesse público, porque era necessário expor e levar as autoridades europeias a aperceberem-se da criminalidade à volta do futebol", afirmou Rui Pinto em tribunal, citado peloCorreio da Manhã. "Em Portugal há o [caso] e-toupeira, de certeza que já ouviu falar sobre isso. São vários os casos. Não posso nem é possível confiar nas autoridades portuguesas", sublinhou.
"As autoridades portuguesas nunca me tentaram contactar. Sabem a minha morada registada em Portugal, o meu número de telemóvel, mas nunca me enviaram uma carta. Peço à juíza que não me envie para Portugal. É uma questão de vida ou de morte", apelou Rui Pinto.
Em 13 de fevereiro deste ano, o tribunal húngaro rejeitou o recurso do Ministério Público daquele país para que Rui Pinto passasse a prisão preventiva, mantendo o português em prisão domiciliária, enquanto aguarda o desenrolar do processo de extradição para Portugal, ao qual se opôs.
Rui Pinto terá acedido, em setembro de 2015, ao sistema informático da Doyen Sports Investements Limited, com sede em Malta, que celebra contratos com clubes de futebol e Sociedades Anónimas Desportivas (SAD).
O hacker é também suspeito de aceder ao email de elementos do conselho de administração e do departamento jurídico do Sporting e, consequentemente, ao sistema informático da SAD "leonina".
Rui Pinto está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada.
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