Henrique Gouveia e Melo e Jorge Pinto defrontam-se esta quarta-feira, no sétimo debate para as eleições presidenciais.
Henrique Gouveia e Melo e Jorge Pinto defrontam-se esta quarta-feira, no sétimo debate para as eleições presidenciais.
Henrique Gouveia e Melo e Jorge Pinto defrontam-se no sétimo debate para as eleições presidenciaisTVI
O debate, transmitido pela TVI, arrancou com o tema da reforma do trabalho e da greve geral agendada para 11 de dezembro.
Henrique Gouveia e Melo admitiu que se tem mantido em silêncio relativamente ao tema. "Qualquer candidato que comece a dizer o que é que pensa sobre a lei laboral pode perturbar as negociações", explicou. O Almirante disse também que é preciso flexibilizar a lei do trabalho "sem atacar o núcleo dos direitos dos trabalhadores".
Jorge Pinto disse que seria "mais claro do que Gouveia e Melo" e assume que "há pontos que levantam dúvidas constitucionais [na proposta da reforma laboral]". "Se esta proposta chegasse até mim como está neste momento teria o meu veto político", garante.
A discussão passou depois para a inteligência artifical e a interferência desta ferramente no trabalho. Jorge Pinto disse acreditar que é possível automatizar alguns trabalhos (excluindo aqueles que exigem uma proximidade pessoal) e sustentou a ideia recorrendo à tese de doutoramento de que é co-autor, sobre rendimento base incondicional, modelo que defende "que deva ser testado, como qualquer política pública". "Sou um homem de ciência, sou um homem de números e de dados", afirmou.
Gouveia e Melo mostrou mais "cuidado com utopias", "talvez por ser um bocado mais velho", justificou.
Houve ainda tempo para abordar as divergências políticas e o "ódio" que Gouveia e Melo nomeia de ameaça interna. "Desde 2008 temos quase 20 anos de estagnação. (...) Isso cria uma oportunidade que está a ser aproveitada por partidos extremistas", defende o candidato que acredita que "o Presidente da República é uma voz de democratização do sistema".
O último tema do debate foi a Operação Marquês. Gouveia e Melo diz que "demore o tempo que demorar, tem de ser feita justiça" e assume que "mais de 10 anos para julgar um caso é excessivo". Jorge Pinto concorda que a demora de mais de 10 anos "é insustentável" e falou também da Operação Influencer, cujo processo corre há mais de dois anos. "Se o poder político não pode imiscuir-se no poder judicial, o poder judicial não pode ser um ator político", disse o candidato apoiado pelo Livre.
Gouveia e Melo foi questionado sobre como se sentia relativamente a José Sócrates ter admitido que votaria no Almirante. O candidato à corrida a Belém respondeu que "José Sócrates votará em quem desejar", mas acabou por assumir algum desconforto com o apoio. Deixou também claro que não tem qualquer relação com o antigo primeiro-ministro.
Gouveia e Melo desconfortável com apoio de Sócrates e Jorge Pinto critica demora da justiça na Operação Marquês
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