Rui Fernandes vai ocupar a vaga na bancada do partido de André Ventura
O deputado do Chega Gabriel Mithá Ribeiro renunciou, esta segunda-feira, ao seu mandato como deputado do Chega na Assembleia da República. Eleito pelo distrito de Leiria, Mithá Ribeiro era deputado desde 2022 (nas últimas três legislaturas).
Mithá Ribeiro renuncia; Rui Fernandes substitui-o no Chega
Considerado um dos intelectuais do Chega, Mithá Ribeiro esteve filiado no PSD durante 15 anos antes de se juntar ao partido de André Ventura. Chegou a assumir o cargo de vice-presidente do Chega, mas pediria a demissão do cargo em 2022, após entrar em choque com Ventura, por este ter assumido a coordenação do gabinete de estudos do partido (antes liderado por Mithá Ribeiro).
"Informa-se que o deputado eleito pelo círculo de Leiria, Gabriel Mithá Ribeiro, solicitou, nos termos do artigo 7.º do Estatuto dos Deputados, a renúncia ao mandato de deputado, sendo substituído por Rui Fernandes", lê-se num comunicado emitido após a SÁBADO ter revelado que o deputado abdicava do seu lugar.
A vaga de Mithá Ribeiro vai ser ocupada por Rui Fernandes.
Entretanto, Mithá Ribeiro é o candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal de Pombal nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de Outubro.
Em abril, a comissão Parlamentar de Transparência concluiu que Mithá Ribeiro violou o Código de Conduta dos Deputados ao atingir e "objetivamente" desrespeitar a deputada socialista Isabel Moreira num texto que publicou nas redes sociais. Esta conclusão constou de um relatório do processo de inquérito, que foi elaborado pelo deputado do PSD António Rodrigues e que apenas teve o voto contra do Chega.
Em fevereiro, Gabriel Mithá Ribeiro publicou nas redes sociais um artigo contra a socialista Isabel Moreira, intitulado "A morte caminha entre vivos", por causa da legalização da eutanásia, do aborto e das cirurgias para mudança de sexo. Na sequência da publicação desse texto, Isabel Moreira, constitucionalista e membro do Secretariado Nacional do PS, apresentou uma queixa contra o deputado do Chega Daniel Mithá Ribeiro.
Nas conclusões aprovadas relativas a este processo de inquérito, considera-se a utilização, por parte de Gabriel Mithá Ribeiro, de expressões como "... a desgraça com que contamina tudo à sua volta com a sua existência depressiva que vangloria a morte" ou "a dita já nasceu para propagar o lema da sua existência diabólica", sempre por reporte à "socialista Isabel Moreira", bem como a respetiva caracterização como "feminazi Isabel Moreira", são expressões objetivamente desrespeitosas.
"Por esta razão, conclui-se que não foi observado, por parte do senhor deputado Gabriel Mithá Ribeiro, na publicação objeto do presente inquérito, o dever de respeito para com a senhora deputada Isabel Moreira, dever este imposto pelo artigo 5.º do Código de Conduta dos Deputados à Assembleia da República, relativo aos deveres de urbanidade e lealdade institucional", lê-se no documento aprovado pela Comissão.
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