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Funcionários são acusados de enganar os lesados do BES

29 de junho de 2015 às 17:47
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Associação dos espoliados do BES diz-se "vigarizada" pelo Novo Banco por lhe apresentarem "falsas garantias"

A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) acusou os actuais trabalhadores do Novo Banco de continuarem a enganar os clientes lesados e lamentou que recusem denunciar os "moldes efectivos da venda enganosa" de papel comercial.

 

Em comunicado, a AIEPC afirma que os trabalhadores do Novo Banco "já foram usados para enganar" os clientes enquanto Banco Espírito Santo (BES) e continuam a enganar os mesmos clientes enquanto Novo Banco ao dizerem-lhes para estarem "descansados que o dinheiro dos clientes seria pago pois está provisionado".

 

Na opinião dos lesados, a comissão de trabalhadores do Novo Banco está a perder uma "excelente oportunidade" para contribuir "de forma clara, directa e sincera" para uma solução justa, aproveitando para denunciar como foi feita a "venda enganosa" de papel comercial à maioria dos clientes.

 

"Não pode a AIEPC contribuir para a descarada vitimização e branqueamento da actividade de quem, ao serviço de terceiros, no passado (BES) e no presente (Novo Banco), se deixa usar e manipular para lesar de forma efectiva quem toda uma vida dedicou a trabalhar e poupar", afirma a associação no comunicado.

 

A associação acusa ainda os trabalhadores da instituição de contribuírem para o "assalto" às contas dos seus clientes, "apresentando desde produtos com contas falseadas, falsas garantias para venda até à gestão danosa por falta de diversificação da carteira" dos seus clientes.

 

No início de agosto do ano passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, separando a instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas), e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

 

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