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Francisco Rodrigues dos Santos diz que medidas do Governo para o Interior são “escassas”

01 de março de 2020 às 15:49
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O presidente do CDS considera que as medidas anunciadas pelo Governo para a valorização do Interior do país são "escassas" e aponta três ideias do partido para fixar pessoas e empresas.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo para a valorização do Interior do país são "escassas" e aponta três ideias do partido para fixar pessoas e empresas.

"As medidas que têm vindo a ser anunciadas pecam ainda por serem escassas, uma vez que para nós conseguirmos fixar pessoas no Interior do nosso país, para estimularmos o tecido empresarial e colocarmos a economia a funcionar, na opinião do CDS são necessários cumprir três requisitos", disse Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas durante uma visita à Feira do Queijo da Serra da Estrela de Celorico da Beira, no distrito da Guarda.

Segundo o líder centrista, que falava num concelho do interior do país, situado na região da Serra da Estrela, em primeiro lugar é necessário aplicar no Interior "um choque fiscal" que "permita a captação de investimento, a criação de emprego e a distribuição de riqueza".

"Depois, permitir também que as pessoas que residam nestas zonas de baixa densidade populacional possam beneficiar de benefícios ao nível do IRS mais vantajosos do que aquelas que vivem nos meios urbanos", disse.

Francisco Rodrigues dos Santos considera também "importante que haja investimento público", pois "se não existirem infraestruturas, vias, meios de transporte, centros de saúde, escolas, tribunais, é obvio que a vida em sociedade torna-se muito mais difícil".

Como terceiro ponto, o responsável considera necessário que exista uma reforma do sistema político eleitoral "que aproxime os decisores políticos dos territórios onde são eleitos".

"Nós verificamos que, hoje em dia, em Portugal, tem havido uma perda de mandatos, sobretudo dos círculos eleitorais das zonas do Interior do nosso país, [que] significam dois terços do nosso território. Enquanto assim for, é obvio que se vai perdendo relevância política, peso na tomada das decisões e, naturalmente que as bandeiras que são discutidas em sede parlamentar e de Governo, acabam por relegar estas franjas e fatias significativas do nosso país para segundo plano", justificou.

Questionado pelos jornalistas relativamente à redução de portagens anunciada pelo Governo, disse que "é fundamental sobretudo para as pessoas que trabalham e vivem" nas zonas do Interior do país e para todas as outras "deve cumprir-se o princípio do utilizador pagador".

"Deve haver o princípio da valorização e do apoio à interioridade do nosso país, que permita que haja vantagens, descontos, ou até isenções para as pessoas que aqui vivam ou trabalham", rematou.

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