Baixo Alentejo no masculino

Todas as 18 câmaras do Baixo Alentejo (14 concelhos do distrito de Beja e quatro de Setúbal) serão dirigidas no próximo ciclo autárquico por homens. Aliás, apenas cinco das 47 autarquias da região histórica do Alentejo (Portalegre, Évora, Beja e Setúbal) elegeram no feminino. Maria Idalina Trindade (PS em Nisa), Fermelinda Carvalho (PSD em Portalegre), Sílvia Pinto (CDU em Arraiolos), Paula Chuço (PS em Mora) e Marta Prates (PSD em Reguengos de Monsaraz) constituem a exceção a uma regra muito pouco paritária.

PS assume vitória em Loures

O socialista Ricardo Leão assumiu a conquista da Câmara Municipal de Loures à CDU nas eleições autárquicas de domingo, sublinhando que a população do concelho "vai ter finalmente soluções e respostas". Bernardino Soares, atual presidente da autarquia, ainda não reconheceu a derrota

Medina deixa a sede de candidatura acompanhado pela mulher

Carlos Moedas: "Ganhámos contra tudo e contra todos"

Carlos Moedas faz o seu discurso de vitória na Câmara de Lisboa. "Estamos prontos ou não estamos prontos? Obrigado, Lisboa. Que grande orgulho, ganhámos contra tudo e contra todos", começou por dizer.

"Fizemos história. Fez-se história hoje em Lisboa", acrescentou. O novo presidente da autarquia da capital deixou o compromisso: "Comprometo-me, lisboetas. Não vamos falhar."

Moedas faz um aviso. A mudança "começa em Lisboa mas não vai acabar em Lisboa".

Medina assume derrota

É uma "derrota pessoal e intransmissível", assegurou Fernando Medina na declaração em que assumiu a derrota eleitoral em Lisboa. Medina assumiu por completo a responsabilidade pela derrota, poupando o PS, de janeiro disse ter tudo todo o apoio. O grande derrotado destas autárquicas começou por cumprimentar o vencedor, Carlos Moedas, a quem já ligara, e por garantir que fará uma passagem de pasti que assegure uma correta transição de dossiers.

Quanto ao seu próprio futuro e sobre o que esta derrota significa para as suas ambições futuras, apenas disse que agora quer "ir descansar uns dias".

Rui Moreira: "Estamos prontos para dialogar com todos os eleitos"

Rui Moreira fez o seu discurso de vitória ainda sem serem conhecidos os resultados finais. Adiantou que os candidatos do PS e do PSD já lhe ligaram a dar os parabéns e garantiu que o movimento "Aqui há Porto" saberá interpretar a vontade dos portuenses. "Estaremos abertos a falar com todos os eleitos, como sempre fizemos."

Aproveitou também a sua eleição para felicitar todos os independentes eleitos em todo o País.

O Chega também chega ao Algarve

O partido de André Ventura fez eleger dois vereadores em outros tantos municípios algarvios: Portimão e Loulé. Num distrito onde as surpresas não foram relevantes, mesmo nos casos de Monchique e Vila Real de Santo António, câmaras que transitaram do PSD para o PS. O resultado mais surpreendente da noite talvez tenha sido mesmo o reforço da votação no candidato do PSD em Faro, Rogério Bacalhau, que venceu com maioria absoluta, num concelho onde o PS apostou todas as fichas. Silves continua a ser a única lança comunista no Algarve. 

"Chegou o momento das trituradoras de papel", diz Rui Pinto, após a derrota de Fernando Medina

O ambiente é de euforia na sede de Moedas

Carlos Moedas é o vencedor. Já há centenas de pessoas na sede à espera que Moedas desça da sala onde tem estado com a sua equipa mais próxima desde o final da tarde.

Rui Rio: "Ou acabamos com as sondagens ou fazemos sondagens decentes"

O presidente do PSD surgiu em palco para reclamar vitória em todos os objetivos que tinha estabelecido para as eleições autárquicas: aumentar votos, eleitos, presidentes de câmara e reduzir a diferença para o PS em número de câmaras. Mas fez questão de afirmar que conseguiu tudo isso contra "as sondagens e muitos comentadores" recordando que em Lisboa usou a palavra "vigarice" o que se comprovou nesta noite. "Ou acabamos com as sondagens ou fazemos sondagens decentes", afirmou.

"Dei a volta ao país. A diferença entre comentadores, sondagens e país real que encontrei é abismal. Não tem nada a ver. Gosto de estar junto do país real, do país real, dos resultados reais e não das sondagens. É tempo de termos vergonha em relação a isto."

O presidente do PSD salientou que o partido cresceu em número de votos, particularmente nos centros urbanos e salientou as vitórias em Coimbra, Portalegre, Funchal e Barcelos.

Faltava "a maior de todas que é Lisboa" mas a meio do discurso chegou a informação de que Carlos Moedas tinha mesmo ganho a capital.

PSD avança pelo distrito de Évora

Facto inédito no Alentejo: o PSD, sozinho ou em coligação, conseguiu conquistar quatro das 14 câmaras do distrito de Évora. O PS perdeu para os sociais-democratas Mourão e Reguengos de Monsaraz, a CDU cedeu Vila Viçosa e o Movimento Independente do Concelho de Redondo não se reelegeu. De salientar que em 2017 o PSD não garantiu a liderança em nenhum dos concelhos do distrito de Évora.

Carlos Moedas perto de ganhar Câmara de Lisboa

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS/PPM/MPT/Aliança está à frente na contagem dos votos. Fonte social democrata adiantou à SÁBADO que Moedas já recebeu cumprimentos da candidatura de Fernando Medina, que deverá assumir a derrota na próxima hora

Assunção Cristas chega à sede de Moedas

A ex-líder do CDS e candidata autárquica do partido em 2015 chegou à sede de campanha de Carlos Moedas.

O líder do PSD vai também juntar-se à comitiva de Moedas, mal termine de falar aos jornalistas na São Caetano à Lapa, sede do PSD.

CDU por um fio em Évora

Uma vitória com sabor amargo, esta, a de Carlos Pinto de Sá (CDU) em Évora. Depois de ter obtido a maioria absoluta em 2017, a CDU (dois mandatos) enfrenta agora uma câmara de vereadores estilhaçada e de difícil governabilidade. O PS, que candidatou José Calixto, o polémico ex-autarca de Reguengos de Monsaraz elegeu dois vereadores, tantos quanto a coligação de direita liderada por Henrique Sim-Sim. A independente Florbela Fernandes, dissidente do PS, completa o quadro de eleitos em Évora. 

Vice-presidente do Chega eleito vereador em Santarém

O vice-presidente do Chega, Pedro Frazão, foi eleito vereador em Santarém. O partido foi o terceiro mais votado do concelho (7,93%), conseguindo segurar um lugar no executivo municipal. Veterinário e supranumerário do Opus Dei,que já foi notícia por escrever em blogs do movimento QAnon investigados pela PJ e SIS, tem assessorado Ventura no Parlamento na pasta da Agricultura. 

"Marido da Lara" não ganhou Câmara de Óbidos

Paulo Gonçalves, o "marido da Lara" como era descrito nos cartazes do PS Óbidos, conquistou 36,61% dos votos. À sua frente ficou o PSD, com 45,19% dos votos. A terceira força política é o Chega (4,6%). 

António Costa: "Qualquer derrota enfraquece a vitória do PS"

António Costa falou aos jornalistas quando ainda não são conhecidos os resultados de três câmaras: "Sintra, Loures e Lisboa", como sublinhou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS.

"Esta tem sido uma longa noite eleitoral. Quero deixar uma saudação a todos os portugueses pelo forte empenho cívico na participação deste ato eleitoral, que apesar da forte abstenção, revela já empenho superior às anteriores eleições em pandemia, as presidenciais", começou por dizer António Costa.

A discursar no Largo do Rato, António Costa saudou ainda os "180 mil cidadãos que de forma ativa participaram nestas eleições. Estas eleições são a verdadeira festa da democracia."

Ainda faltando os resultados finais de Sintra, Loures e Lisboa, que "o PS disputa", "o PS continua a ser o maior partido autárquico nacional, quer em número de câmaras, quer em número de freguesias".

"Temos até ao momento, 150 presidências de câmara, um número idêntico à vitória de 2013 e não muito diferente das 165 de há quatro anos. É a segunda vez que um partido ganha três eleições autárquicas", sublinhou, referindo-se à década de 1990 quando o PS também ganhou três eleições consecutivas.

Sobre a possível derrota em Lisboa e se isso enfraquece a vitória do PS a nível nacional, Costa admitiu: "Qualquer vitória em qualquer concelho engrandece a vitória do PS e qualquer derrota enfraquece a vitória do PS".

Filho de António Costa ganhou Campo de Ourique por 25 votos

Pedro Costa foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourque, Lisboa, ganhando a eleição por 25 votos de diferença em relação ao seu principal adversário, Teresa Morais Leitão, apoiada pelo PSD e CDS

"Fanan" do Chega eleito vereador em Loulé

Fernando Santos, o cabeça de lista do Chega à Câmara de Loulé que se apresentava aos eleitores como "Fanan", foi eleito. O partido de André Ventura elegeu, neste concelho, dois vereadores. Pior sorte teve Bráulio Moreira, candidato à Câmara de São Brás de Alportel, e Carlos Curto, candidato à Covilhã, que não foram eleitos. Este últimos protagonizaram dois dos momentos mais virais da campanha eleitoral.

Suzana Garcia: Na derrota, "dedico a vitória a toda esta equipa"

A candidata do PSD à Câmara Municipal da Amadora cantou vitória, apesar da derrota. "Estamos na iminência de duplicar os resultados. Dedico esta vitória a toda esta equipa. Na parte da derrota, por não termos obtido a vitória final, a responsabilidade é minha".

Em seguida, a antiga comentadora salientou: "Pela primeira vez na história da República portuguesa temos uma vereadora luso-chinesa. E pela primeira vez estamos na iminência de um vereador cabo-verdiano."

Santana Lopes: "Tivemos um resultado extraordinário"

Pedro Santana Lopes salientou aquele que disse ser um "resultado extraordinário" nas autárquicas da Figueira da Foz. "O PS é um grande partido, teve grandes resultados, o PSD é um grande Partido teve grandes resultados, inclusive em Coimbra. Aqui na Figueira da Foz, um movimento independente constituído há três meses conseguiu vencer as eleições para a Câmara Municipal. Isso é um facto que nos enche de alegria", disse.

O ex-primeiro-ministro não quis fazer considerações sobre a política nacional mas deixou um aviso ao governo: "não pode continuar a situação de termos uma administração do porto da Figueira com quatro cidadãos de Aveiro a administrar o porto desta terra. Somos nós que temos que assumir o nosso destino."

PS perde Barrancos para a CDU mas ganha Alvito

O Partido Socialista conseguiu segurar 10 das 14 Câmaras Municipais do distrito de Beja, tal como aconteceu nas Autárquicas de 2017. No mapa eleitoral do Baixo Alentejo, apenas duas alterações: o PS perdeu Barrancos para a CDU e, em sentido inverso, a CDU deixou fugir para o PS o município de Alvito.

De salientar que estes são os dois concelhos menos populosos do distrito e que, como tal, os mais voláteis em termos eleitorais. Leonel Rodrigues (CDU) é o novo presidente do executivo municipal de Barrancos e José Efigénio (PS) dirige a partir de agora os destinos de Alvito. Paulo Arsénio (PS) foi reconduzido na presidência da Câmara Municipal de Beja, perdendo, no entanto, um vereador para a coligação de direita liderada pelo PSD. Em Beja o PS obteve três mandatos, tantos quantos a CDU. 

André Ventura foi eleito em Moura

André Ventura foi eleito deputado municipal em Moura e,até agora, conseguiu nove vereadores.

Carlos Moedas comparado a Santana Lopes

PSD canta vitória em nove das 24 freguesias de Lisboa, quando ainda se contam votos. Não param de chegar apoiantes à sede de Carlos Moedas. E há quem comente que esta noite eleitoral faz lembrar 2001, quando Pedro Santana Lopes contrariou as sondagens e ganhou a Câmara a João Soares.

Miguel Coelho: "Ainda não se percebeu quem ganha a câmara"

Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, acaba de chegar à sede de Fernando Medina - já reeleito. Mas admite que sobre o que "toda a gente quer saber" - e aponta a sala cheia de gente - é "quem é que ganha a câmara". E "isso ainda não se percebeu", diz à SÁBADO.

Francisco Rodrigues dos Santos: "O CDS está vivo e recomenda-se"

Foi o mais feliz dos líderes partidários que prestaram declarações até ao momento – e notava-se. Francisco Rodrigues dos Santos surgiu sorridente no Largo do Caldas para garantir que o CDS tinha tido uma grande vitória nas eleições autárquicas e que é um elemento fundamental para derrotar a esquerda.

Depois de recordar que o partido partiu para estas eleições num cenário "particularmente difícil" – após o pior resultado de sempre em legislativas, com concorrência inédita no espaço político, para além das tradicionais dificuldades do CDS – Rodrigues dos Santos chamou para si e para a sua estratégia o sucesso da noite eleitoral. "Fui eleito presidente do CDS com uma estratégia que propunha manter as seis câmaras governadas autonomamente pelo CDS; aumentar o número de autarcas face a 2017; entendermo-nos com o PSD sempre que fosse possível ganhar câmaras à esquerda. Hoje é com orgulho que o CDS superou todos os objectivos", disse.

As seis autarquias foram ganhas com maioria absoluta, o número de autarcas subiu, duplicou o número de câmaras governadas com o PSD – sete capitais de distrito – "e arriscamo-nos a vencer também Lisboa".

Balanceado nos festejos, Francisco Rodrigues dos Santos, declarou o "CDS um partido imprescindível e insubstituível para derrotar a esquerda". "Hoje inicia-se um novo ciclo político e começamos a virar o país à direita com a força do CDS-PP." Fazendo já uma leitura nacional dos resultados, proclamou: "António Costa viu aqui o seu primeiro cartão amarelo e estou empenhado numa alternativa de centro direita para derrotar o socialismo do governo nacional. O CDS está a crescer, está vivo e recomenda-se."

PCP consegue 57% dos votos em Baleizão

Baleizão foi reconquistada pelo PCP. 

Margarida Martins perde freguesia de Arroios, em Lisboa

Autarca presidia à junta desde 2013.A SÁBADO revelou que Margarida Martins fazia compras sem pagar no mercado 31 de Janeiro, utilizando ainda um carro da junta para fins pessoais. 

A vitória do carteiro

Na junta de freguesia de Carregueiros, em Tomar, a CDU voltou ao poder e destronou o PSD por apenas três votos. Francisco Santos, carteiro, conquistou 34,77% dos votos, contra 34,27% do PS, vencendo por uma diferença de apenas 0,5 pontos percentuais.

A junta era dominada pela família Serra, que através de José Serra tinha vencido primeiro pela CDU e depois pelo PSD, em 2009. Para as eleições de 2013, a candidata foi a filha, Maria José Serra, que foi reeleita em 2017 com maioria absoluta.

Nestas eleições, Maria José Serra ficou de fora e a sua substituta, Susana Henriques, ficou em terceiro, com apenas 27,15% dos votos.

Assim, Francisco Santos, o carteiro da terra, venceu com 210 votos, contra 207 de José Carlos Godinho, que já tinha perdido as eleições há quatro anos.

Paulo Cafôfo demite-se do PS/Madeira

Paulo Cafôfo a demissão da liderança do PS/Madeira, após a sua quarta derrota eleitoral. "Apesar dos esforços não fui bem sucedido", afirmou Paulo Cafôfo, depois de ter perdido a Câmara do Funchal para o PSD

Inês de Medeiros: "Amanhã vamos saborear a vitória"

Inês de Medeiros chega a uma sala que se encheu em minutos com o aparecimento da máquina local do PS. A autarca que vai agora para o segundo mandato saúda todos os candidatos - a campanha foi dura com o PCP - e agradece a todo o PS de Almada e aos voluntários "incansáveis". Os vereadores estão "a arregaçar as mangas", diz Medeiros, que termina a afirmar que "Almada é hoje a terra do futuro na área metropolitana de Lisboa". Com ou sem maioria absoluta no executivo municipal – que é ainda uma possibilidade – Inês de Medeiros afirma que irá falar com todas as forças partidárias eventuais para entendimentos. "Amanhã vamos saborear a vitória", diz. Há abraços na sala, que se começa a esvaziar.

O impasse mantém-se na sede de Medina

A vereadora Catarina Vaz Pinto e o ministro da Economia Pedro Siza Vieira vão vendo os resultados no ecrã sintonizado na CMTV. Entretanto, também chegou o ex-vereador José Sá Fernandes (agora nomeado para a estrutura de missão para as Jornadas Mundiais de Juventude de 2022), mas manteve-se nos bastidores com a equipa de Medina.

Inês Sousa Real: A abstenção não é um fenómeno normal

A líder do Pessoas-Animais-Natureza centrou a sua declaração no fenómeno da abstenção. Depois de garantir que o PAN saía destas eleições autárquicas com o sentido de dever cumprido, devido ao trabalho feito e à apresentação de um "programa virado para o futuro", preferiu olhar para o afastamento dos cidadãos da política.

"[Ao longo da campanha] deixámos claro que para haver mudanças era preciso que os cidadãos exerçam o seu direito de voto e que aposte em projetos que não sejam mais do mesmo", disse. Contudo, continuou, "lamentamos não ter conseguido mobilizar as pessoas para votar".

Inês Sousa Real garantiu que, ao contrário de outros partidos, "não podemos entender a abstenção como um fenómeno normal. Nem nos desculpamos com o contexto sanitário. Não nestas eleições, com os problemas sócio económicos e com a crise climática". Realçou que é preciso um "trabalho sério para alterar esta realidade" e que o PAN fará a sua parte.

Candidata a Arroios recebida com gritos de vitória na sede de Moedas

Candidata independente indicada pelo CDS para Arroios fez entrada triunfal na sede de Carlos Moedas. Madalena Matambo Natividade foi recebida com gritos de "vitória" e fortes aplausos.

Maria Dores Meira assume lugar de vereadora: "Isto não acabou aqui"

Maria das Dores Meira surgiu ja depois das 23h30. Com ela vinha o companheiro e vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro. A candidata da CDU, derrotada em Almada, ia começar a discursar. Os apoiantes até já tinham gritado CDU de punho erguido no ar. Mas foi travada por uma jornalista. Acontece que cruzou no direto com João Ferreira. Acabou por ficar a ouvi-lo com o discurso escrito em folhas brancas apertado na mão.

"Já agora", disse. "Isto não acabou aqui. Se calhar está a começar", anunciou finalmente Maria das Dores Meira quando pôde discursar. Garantiu que irá assumir o lugar de vereadora. Mas recusou que "algo correu mal" quando andou "todos os dias na rua" e para ela e o seu "pequeno grande pelotão" que visitou mais de 400 instituições, férias só houve "no calendário".

Máquina do PS chega para animar sede de Inês de Medeiros

Tudo estava calmo na sede de Inês de Medeiros até chegar a máquina do PS na junta de Monte da Caparica, que a candidata Sandra Chaíça tirou ao PCP na noite da vitória. Festa grande do PS em Almada, que ainda espera por saber quão grande foi a vitória - ou seja, se tem maioria absoluta.

Inês de Medeiros falará daqui a cerca de 10 minutos, depois do discurso da derrotada Maria das Dores Meira, do PCP.

Caldo verde na sede de campanha do Chega em Lisboa

Só agora é que se janta na noite autárquica do Chega em Lisboa. Pelas 23h15, mais de 30 pessoas chegaram à sede de campanha para apoiar o Chega e provar caldo verde e pão com chouriço.

Tirando o líder da distrital de Lisboa, Pedro Pessanha, não se regista a presença de dirigentes do Chega

Inês Medeiros só deve falar perto da meia-noite

Inês de Medeiros deverá reagir à vitória em Almada por volta da meia-noite. A recandidata do PS espera pelo discurso da derrotada Maria das Dores Meira, do PCP, e pela confirmação da magnitude da sua vitória - em causa pode estar uma maioria absoluta. Face a um PCP muito hostil após a derrota em 2017, o PS recorreu ao apoio do PSD para governar a autarquia. Os laranjas nunca foram um problema para o executivo de Medeiros, que com eles teve sempre boa relação.

Candidato do Chega a São Brás de Alportel conseguiu 146 votos

Bráulio Moreira fez uma intervenção durante um debate em que se referiu a António Costa como "indiano vingativo".Conseguiu 146 votos.

Ânimos calmos no Chega de Lisboa. "É porreiro tudo o que vier"

Fumando cigarro eletrónico e bebendo cerveja, uma atrás da outra, Nuno Graciano vai passando a noite autárquica sentado, ao lado da mulher e de quem se quiser juntar, acompanhando os discursos dos líderes políticos pela televisão.

No restaurantePazzo, Marquês de Pombal, os ânimos estão calmos entre militantes do Chega Lisboa - até porque antes destas projeções à boca da urna, que abrem a possibilidade de Nuno Graciano ser eleito, muitos tinham a expectativa baixa. "Isto é um milagre, é já um belo resultado. Com este resultado, é porreiro tudo o que vier", confessa àSÁBADOum dos membros da lista do Chega para Lisboa.

Catarina Martins: “Não negociamos com a direita”

A coordenadora do Bloco de Esquerda decidiu não esperar pelos resultados para falar ao país. Antecipando aquela que deverá ser uma "noite longa", Catarina Martins afirmou apenas que o partido está a acompanhar os resultados e que amanhã voltará a falar à comunicação social. "Percebemos que a contagem vai prolongar-se durante bastante tempo. Os resultados vieram mais tarde, há disputas por todo o país que terão impacto na eleição. Por isso estou aqui e amanhã encontramo-nos seguramente".

De acordo com a líder do BE, os primeiros resultados dão algumas "indicações positivas" ao partido – mas não disse quais. Recordou que o Bloco partiu para as autárquicas com "humildade", a mesma forma com que, disse, olha para os resultados, garantiu que irá a acompanhar a contagem da votação. Mencionou especificamente Lisboa, Porto e os grupos de cidadãos que o partido apoiou em Oeiras e em Coimbra que, disse, "fizeram um trabalho interessante".

Questionada sucessivamente sobre os resultados das autárquicas em Lisboa, Catarina Martins voltou a frisar que "ainda é muito cedo", que os "votos estão a ser contados" e que o BE continua com vontade de "contribuir para soluções em Lisboa". Recordou as conquistas nos direitos sociais e educação na capital mas frisou: "Não negociamos com a direita e quando negociamos é em nome das pessoas com a habitação à cabeça". 

João Ferreira fala às 23h30

João Ferreira reage às 23h30, é anunciado na sua sede de campanha, no hotel Vitória. A coligação da CDU deverá manter ou reforçar ligeiramente os resultados de 2017, mas o ambiente é de silencio e tristeza face aos resultados nacionais do PCP e à possibilidade da direita voltar ao poder em Lisboa.

António Costa mantém intenção de ir à sede de Medina

António Costa mantém intenção de se deslocar à sede de Fernando Medina. Apenas falará na sede nacional do partido, no Largo do Rato, mas virá depois dar um abraço ao candidato socialista na capital do País. A vinda de Costa sempre esteve prevista, mas o cenário é que era outro: o de uma vitória clara. O cenário de luta renhida em Lisboa não foi sequer equacionado.

Mais de 100 autarquias já foram apuradas. PS já venceu 46 câmaras

Até às 23h, já foram atribuídas 102 autarquias: o PS conseguiu quase metade delas (46), com o PSD a estar envolvido em 41 vitórias - 29 por si próprio e 12 em coligações; a CDU venceu em 7 autarquias, com independentes a vencerem noutras sete e o CDS a vencer em uma autarquia (Ponte de Lima).

Até ao momento, pelo menos nove autarquias mudaram de força partidária: em quatro delas, o PS perdeu as câmaras - uma delas para o PSD, outra para coligação PSD/CDS e nos outros dois casos para movimentos independentes; o PSD perdeu o Sardoal e Castanheira de Pera, mas conquistou Redondo a um movimento independente e em Castro Marim venceu mesmo não estando coligado com o CDS. Já no Alvito, o PS venceu à CDU.

Sardoal teve vencedores diferentes para autarquia e assembleia

Em relação a diferenças nos resultados entre a autarquia e a Assembleia Municipal, em apenas um concelho o partido que venceu nas eleições à Câmara foi diferente do vencedor à Assembleia: no Sardoal, o PS venceu com 44,5% dos votos, mas o PSD foi o vencedor nas eleições à Assembleia Municipal, com 47,44%.

Em Sernancelhe, no distrito de Viseu, aconteceu a maior discrepância entre o 1.º e o 2.º partido mais votado. No concelho, o PSD reuniu 81,9% dos votos, com o PS a ficar-se pelos 9,36% - uma vantagem de 72,53% entre as duas forças partidárias e a maior vitória nestas autárquicas.

Noutros quatro concelhos, a vantagem entre primeiro e segundo foi superior a 50 pontos percentuais: em Terras de Bouro, Murtosa e Tabuaço, com vitória para o PSD; e em Vila Velha de Ródão, com vitória para o PS.

Jerónimo de Sousa: "Não foi o resultado que desejávamos"

O secretário-geral do PCP reagiu aos primeiros resultados das autárquicas, admitindo ter ficado "aquém". Jerónimo de Sousa lançou o caminho para o futuro: a discussão do Orçamento do Estado e de intervir em todos os caminhos que contribuem para a melhoria das condições dos trabalhadores.

A reação aconteceu numa altura em que ainda não são conhecidos resultados oficiais em muitos dos locais, mas quis "assinalar já as perdas" que se registam. "Não foi o resultado que desejávamos", independentemente de haver recuperações. "A nossa disponibilidade é sempre a mesma para servir os interesses das populações, sejamos maioria ou minoria. Os reveses são lições e ensinamentos na procura de fazer melhor."

Figurais nacionais do PSD e CDS ainda não foram cumprimentar Carlos Moedas

Na sede de candidatura de Carlos Moedas, apesar do ambiente de entusiasmo e de haver cada vez mais apoiantes, ainda não há figuras de peso do PSD nem do CDS

Na sede de Medina há apenas uma certeza: "Vai ser uma longa noite"

Na sede de Fernando Medina assume-se apenas, e emoff, que a tendência é de perda face a 2017, mas aponta-se para sinais contraditórios: no Lumiar o PS está em perda, em Benfica tem uma vantagem significativa. A esperança na estrutura de candidatura é que a votação nas freguesias maiores, e cujos resultados chegam mais tarde, chegue para compensar outras perdas que estão a surgir. Mas ninguém dá nada por garantido: "Vai ser uma longa noite." Neste momento não há sequer qualquer previsão vaga de horas para reação aos resultados.

Rui Rio aguenta-se, Costa sofre a primeira derrota. As primeiras impressões

Rui Rio bem pode agradecer a Carlos Moedas e a José Manuel Silva. O mais que provável bom resultado do primeiro em Lisboa (podendo até ganhar, segundo algumas projeções) e a vitória do segundo em Coimbra são ao líder do PSD um balão de oxigénio para os próximos meses. Porém, as sondagens para a legislativas continuam a mostrar que o atual líder do PSD não tem condições para as ganhar, apesar de estas eleições autárquicas mostrarem que António Costa pode ser derrotado. 

António Costa, recorde-se, empenhou-se pessoalmente nesta campanha. Andou com Medina ao colo e até foi a Coimbra prometer uma maternidade. Os resultados estão à vista. Consegue Rui Rio capitalizá-los para a legislativas?

Sem resultados oficiais, PSD festeja Arroios (Lisboa)

"Ganhámos Arroios! Ganhámos Arroios". A conquista da freguesia lisboeta a Margarida Martins foi celebrada como um golo numa final de um campeonato, embora não existam ainda resultados oficiais. Beijos, abraços, gritos e até um megafone na sala a saudar o feito. "Arroios é nosso!"

Jovens socialistas confusos com projeções e resultados parciais

Um grupo de jotinhas vai acompanhando os resultados, na sede de Medina, pela CMTV. Têm dificuldade em perceber a diferença entre projeções e resultados parciais já apurados (das freguesias mais pequenas) que vão surgindo no ecrã. "Então o Santana [Lopes] na Figueira estava a celebrar e afinal ganhámos?" As confusões continuam. Também não percebem quando em Coimbra o PS surge à frente: "Olha, afinal! Ganhámos esta?" Um colega desabafa: "Eu quero é ganhar Lisboa!"

Nuno Graciano está "pronto para conversar" com Carlos Moedas

As primeiras projeções dão esperança à eleição do candidato do Chega à Câmara Municipal de Lisboa, Nuno Graciano, que considera um resultado "surpreendente". "Não é isso que temos estado a ouvir nos meios de comunicação social, não é isto que se tem passado", afirmou àSÁBADO. E caso seja eleito, deixa já um aviso: "Estamos prontos para conversar com Carlos Moedas."

"Todas as sondagens indicavam que Medina tinha isto mais do que ganho - e pelos vistos não tem. Medina e Moedas estão perto um do outro, a discutirem isto taco a taco. E estes resultados mostram que nós também temos uma palavra a dizer, podemos ser eleitos. Isto vai ser até ao último voto", afirma àSÁBADOno restaurante Pazzo, na Avenida da Liberdade, onde está a acompanhar a noite eleitoral.

Apesar da projeção RTP/Católica apontarem para o Chega ter um resultado entre os 3% e 5% em Lisboa, um resultado que contrasta com as sondagens que não davam lugar de eleição ao partido de André Ventura na capital, Graciano garante que este resultado está alinhado com o que as pessoas lhe diziam na rua. "Percebe-se que as pessoas estavam fartas deste sistema, queriam mudança - e acreditam no Chega."

Além da possibilidade de ser eleito, Graciano aplaude a possibilidade de Carlos Moedas (PSD) poder ganhar a corrida à Câmara de Lisboa. "Tudo é melhor do que Fernando Medina, não é? É normal que haja aplausos aqui com a potencial derrota dos socialistas. Vamos aguardar com calma." Estará o Chega disponível para apoiar o PSD na capital? "O Chega está disponível para conversar com todos, apesar de haver tons políticos com o qual nos identificamos (com esses será difícil). Mas com Carlos Moedas, estamos mais do que prontos para conversar."

PS à frente nas legislativas. Marta Temido é a preferida para suceder a Costa

O PS dilata a distância sobre o PSD nas intenções de voto para as eleições legislativas: se o ato eleitoral se realizasse este domingo, os socialistas venceriam com 36,8%, contra 24,6% do PSD, segundo uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e a CMTV.

Na sede de Medina, tentam contrariar-se os resultados

Na sede de Medina tenta-se contrariar as previsões de um resultado renhido aos gritos de "Lisboa já votou e o Medina já ganhou". Por pouco tempo. E é sintomática a completa ausência de pesos pesados na sala aberta à comunicação social. Assim como, para já, a indisponibilidade para declarações, num cenário em que mesmo uma vitória à tangente fica longe das expectativas criadas.

Silêncio na sede da CDU em Lisboa

Na sede de candidatura de João Ferreira (Lisboa-CDU), as projeçõess das televisões foram recebidas com silêncio sepulcral entre as 20 pessoas presentes no hotel Vitória, em Lisboa. A televisão está ligada na RTP, cuja projecção aponta para uma percentagem entre os 10 a 12%, superior ao resultado de 2017. Ainda assim, mantém-se o silêncio entre os presentes. A possibilidade de vitória da direita em Lisboa, bem como a provável derrota em Almada, podem explicar a frieza dos presentes.

Chega celebra em Lisboa, Nuno Graciano pede cautela

O empate técnico entre o candidato do PSD, Carlos Moedas, e Fernando Medina, pelo PS, foi recebido em aplausos na sede do Chega em Lisboa. “A tendência é boa! É a derrota do socialismo, camaradas!”, berrava um dos presentes. As primeiras sondagens deram a Nuno Graciano uma boa notícia: 5%, com possibilidade de ser eleito. Várias das 25 pessoas presentes foram dar palmadas nas costas do candidato lisboeta, que sorriu cauteloso. "Calma, calma."

Alegria na sede de Inês de Medeiros

A projeção da RTP e da Universidade Católica deram a vitória a Inês de Medeiros, o que causou manifestações de alegria na sede. Todas as sondagens divulgadas pelos canais de televisão dão a vitória a Inês de Medeiros contra a candidata do PCP, Maria das Dores Meira. Não parece ser desta que o PCP reconquista uma das maiores câmaras do país e um bastião do partido.

Silêncio total na sede de Maria das Dores Meira

Um autêntico balde de água fria na sede da CDU, ainda sem a candidata Maria das Dores Meira presente. Com a televisão central na RTP, os apoiantes da antiga presidente da CM de Setúbal nem repararam que a SIC e a CMTV ja se tinham antecipado na projeção de Vitória da adversária Inês de Medeiros. Quando José Rodrigues dos Santos o anunciou: silêncio total. "Nunca mais ganhamos Almada", ouve-se. 

Apoiantes de Medina reagem às sondagens

Os apoiantes de Medina celebraram com gritos de "vitória" as primeiras projeções sobre Lisboa, apesar de os resultados dos dois candidatos surgirem na verdade muito próximos.

Matraquilhos na sede de Inês de Medeiros

Em Almada por enquanto tudo tranquilo - até os matraquilhos e o baralho de cartas da Juventude Socialista (com "#doladocertodahistória" no verso das cartas) estão em pausa. A atriz Inês de Medeiros recandidata-se a um segundo mandato no concelho que tirou de forma surpreendente ao PCP há quatro anos. Os comunistas foram buscar Maria das Dores Meira, que foi autarca de Setúbal desde 2006. As sondagens dão uma magra vantagem ao PS, mas a margem de erro permite pensar que o PCP pode ganhar. Tudo em aberto.

Moedas e Medina empatam em Lisboa

Projeção da CM TV aponta para um empate no número de vereadores eleitos: oito. CDU (três vereadores) fica à frente do Bloco de Esquerda (dois vereadores). Iniciativa Liberal, Chega e PAN podem eleger um vereador.

A sondagem indica ainda vitória de Pedro Santana Lopes, na Figueira da Foz. Inês de Medeiros (PS) deverá segurar a Câmara de Almada e o PSD reconquista a autarquia de Coimbra. No Porto, Rui Moreira está perto da maioria absoluta.

As restantes sondagens (RTP, SIC e TVI) também dão como certo um empate técnico em Lisboa

Projeção RTP
Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM): 32% – 36% (6- 8 mandatos)
Fernando Medina (PS/Livre): 31% – 35% (6 -8 mandatos)
João Ferreira (PCP/PEV): 10% – 13% (1 – 2 mandatos)
Beatriz Gomes Dias (BE): 5% – 7% (1 mandato)
Manuela Gonzaga (PAN): 2% – 4% (0 mandatos)
Bruno Horta Soares (IL): 3% – 5% (0 – 1 mandatos)
Nuno Graciano (Chega): 3% – 5% (0 -1 mandatos)
Outros/Brancos/Nulos: 2% – 9%

Projeção SIC
Fernando Medina (PS/Livre): 31,3% – 36,3 %
Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM): 30,2% – 35,2%
João Ferreira (PCP/PEV): 10,4% – 13,4%
Beatriz Gomes Dias (BE): 5,7% – 8,7%
Bruno Horta Soares (IL): 3,2% – 6,2%
Nuno Graciano (Chega): 2,4% – 5,4
Manuela Gonzaga (PAN): 1,8% – 3,8%

Projeção TVI
Fernando Medina (PS/Livre): 32,6% – 38,6% (7 mandatos)
Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM): 29,3% – 35,3% (6- 7 mandatos)
João Ferreira (PCP/PEV): 6,6% – 12,6% (2 mandatos)
Beatriz Gomes Dias (BE): 4,2% – 8,2% (1 mandato)
Bruno Horta Soares (IL): 3,3% – 7,3% (0 – 1 mandatos)
Nuno Graciano (Chega): 1,9% – 5,9 (0 mandatos)
Manuela Gonzaga (PAN): 1% – 5% (0 mandatos)
Outros/Brancos/Nulos: 2,1% – 6,1%

Nuno Graciano sente-se "bem" e "expectante"

O candidato do Chega à Câmara Municipal de Lisboa, Nuno Graciano, sente-se "bem" e está "expectante" pelo resultado desta noite, apesar das mais recentes sondagens apontar para uma não eleição do partido de André Ventura, cerca de 3%. "Sinto-me bem e estou expectante para o resultado desta noite. Vamos jantar por aqui e aguardar calmamente", afirmou àSÁBADO na sala de uma hamburgueria do Rua Alexandre Herculano, onde vai passar a noite autárquica. O candidato a Lisboa do Chega não conta com a companhia de André Ventura, que preferiu passar a noite em Braga, alegando motivos de "descentralização".

Fernando Medina chegou ao quartel general para a noite eleitoral

Fernando Medina acaba de chegar à sua sede para a noite eleitoral, ao som de aplausos na sala. Quando lhe perguntaram se "deu tudo por tudo" na campanha e se a percepção da vitória antecipada não o prejudicou, chutou para canto: haverá tempo para falar de tudo, mas "mais tarde". Por agora o único tema que não é tabu é a abstenção.

Diretor de campanha de Carlos Moedas cauteloso a comentar abstenção

O diretor de campanha de Moedas, Ricardo Mexia, foi o primeiro a falar está noite na sede da candidatura. Começou por "saudar esta celebração da democracia" que são as autárquicas. Mas foi contido na reação às projeções sobre a abstenção na cidade.

"Estamos a acompanhar [os resultados] com muito cuidado, muita cautela", disse Mexia, explicando que há uma "grande heterogeneidade" na abstenção nas várias freguesias de Lisboa. Sem que se conheçam já as sondagens à boca das urnas, Ricardo Mexia frisa estar tudo em aberto. "Continuamos confiantes num grande resultado para esta coligação", disse arrancando aplausos à sala já composta de apoiantes.

Irá o PCP conseguir manter dois vereadores na capital?

Ana Jara, a segunda vereadora do PCP em Lisboa, chegou há momentos à sede de candidatura da coligação no Hotel Vitória. Uma das incógnitas da noite é saber se a CDU mantém dois vereadores em Lisboa. Um dado que pode ser crucial numa hipotética coligação pós-eleitoral em caso de vitória do PS.

Como se organizou o staff de Fernando Medina para a noite eleitoral

Na sede de Fernando Medina há três espaços de bastidores preparados: um para o próprio candidato e apenas alguns mais próximos; um outro para os elementos das listas eleitorais - que são muitos; e uma terceira sala onde está uma equipa mais técnica, basicamente a fazer contas à medida que vão sendo recebidos os resultados.

Na sala para a comunicação social e para o público em geral e apoiantes o tempo ainda é de espera. Medina ainda não apareceu mas é aguardado para breve.

Negacionistas junto às sedes de campanha. "Não somos milícias"

Cerca de 40 pessoas passaram pela Avenida da Liberdade e pelo Terreiro do Paço, em dia de eleições autárquicas. Estiveram perto de duas sedes de campanha.

Apoiantes e membros da lista de Moedas já estão na sede

Filipe Anacoreta Correia, Isabel Galriça Neto, Laurinda Alves, Filipa Roseta e Pedro Simas. A sala da sede de candidatura de Carlos Moedas começa a compôr-se.

Abstenção entre os 46 e 49%

Projeção da CM TV indica que o valor da abstenção destas eleições estará entre os 46 e 49%. Em 2017, o valor ficou 45,03%

Manifestação de negacionistas está a "bater à porta" de todas as sedes de campanha

A manifestação de negacionista parece querer percorrer várias sedes eleitorais. Depois se terem passado junto ao Hotel Vitória, onde está João Ferreira, estão agora a chegar ao Terreiro do Paço, onde está a sede eleitoral de Medina. Estão acompanhados de um dispositivo policial

A sala onde João Ferreira irá reagir aos resultados

A sala do Hotel Vitória, onde daqui a duas horas a CDU vai reagir aos resultados de João Ferreira em Lisboa.

Fernando Medina vai estar a 100 metros da Câmara Municipal

Pátio da Galé, em Lisboa, a 100 m da câmara municipal, será o quartel-general de Fernando Medina esta noite. Para já, só com jornalistas - nem apoiantes nem figuras do PS. Mas a noite será longa e espera-se que António Costa venha cumprimentar Medina no final dos votos contados.

Carlos Moedas já chegou ao hotel onde vai acompanhar os resultados

Carlos Moedas já chegou ao Hotel Sana Marquês, e está agora numa sala com o seustaffmais próximo. Para já, a sala está vazia e não há movimentações. Só um grupo da JSD lança cânticos de apoio na rua, junto aos carros de diretos das televisões.

Nuno Graciano segue noite eleitoral em hamburgueria de Lisboa

A noite autárquica de Nuno Graciano será numa hamburgueria, no centro de Lisboa. O candidato fez aqui vários eventos de campanha. Graciano já chegou, mas o espaço ainda está vazio.

André Ventura estará longe da capital. Vai acompanhar a noite autárquica em Braga.

"Que batalhão", diz Rio aos jornalistas

O líder do PSD já chegou à sede nacional do partido. Sozinho, não prestou declarações, dizendo "que batalhão" aos jornalistas.

António Costa chegou à sede do PS

O primeiro-ministro António Costa já chegou à sede do Partido Socialista (PS). É aqui que o também secretátio-geral do PS vai assistir à noite eleitoral. À chegada disse aos jornalistas que independentemente do resultado ia "sempre dar um abraço a Fernando Medina", o recandidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.

The New York Times publica artigo sobre Suzana Garcia

Suzana Garcia, a candidata da coligação Dar Voz à Amadora, é alvo de um perfil publicado este domingo escrito por Nicholas Casey. "Ela é uma antiga comentadora de televisão cuja tendência para a provocação lhe valeu fama, ou pelo menos notoriedade, em Portugal: por exemplo, ao descrever apelos à justiça racial como traições, ou por referir-se aos negros lusodescendentes por um termo antiquado que é traduzido por algo como 'preto'", lê-se no texto. 

"O perfil e a personalidade combativa da senhora Garcia significam que entrou numa questão muito maior do que quem deve ser presidente de câmara: nomeadamente, como um antigo poder colonial como Portugal deve lidar como os debates sobre justiça racial", adianta o artigo. 

O artigo assinala que o PSD perdeu votos desde que o Chega surgiu, o que está por detrás do interesse dos sociais-democratas em Garcia. "É um sinal de que estão a tentar envolver-se com a ideologia da extrema-direita", afirma a politóloga Marina Costa Lobo.

João Ferreira chegou ao estado maior da CDU para a noite eleitoral de Lisboa

O cabeça de lista da CDU à Câmara de Lisboa, João Ferreira, já chegou ao Hotel Vitória, em Lisboa, onde seguirá a noite eleitoral autárquica. O candidato bebeu uma água e subiu para um piso superior.

Carlos Moedas diz-se de "consciência totalmente tranquila"

O candidato da coligação Novos Tempos à Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, chegou ao hotel Epic Sana, em Lisboa, onde vai ficar durante a noite eleitoral.

"Demos alma e coração durante sete meses. Temos a consciência totalmente tranquila", disse o candidato, acrescentando ainda estar "muito confiante".

"Quando damos alma e coração e damos tudo, temos uma tranquilidade interior muito grande", concluiu, em declarações aos jornalistas.

Afluência às urnas de 42,34% às 16h

A taxa de afluência às urnas até às 16h foi de 42,34%, um valor que fica ligeiramente abaixo do registado nas últimas eleições autárquicas. Em 2017, pela mesma hora, já tinham votado 44,4% dos eleitores recenceados. 

Até às 12h, a taxa de afluência às urnas foi de 20,94%, um valor que também ficou abaixo do registado nas últimas eleições autárquicas (22,05%).

Ventura apontou que "é muito importante ir votar"

O presidente do Chega considerou que este domingo é um dia para "celebrar a democracia", apelando ao voto nas eleições autárquicas e mostrando-se esperançoso de que os números atuais relativos à afluência às urnas aumentem durante a tarde.

André Ventura, último líder de um partido com representação parlamentar a votar este domingo, chegou pelas 13:33 à Escola Básica do Parque das Nações, em Lisboa, onde se dirigiu à secção de voto número 19 e votou em menos de 10 minutos.

Em declarações aos jornalistas, Ventura apontou que "está um dia bom" e que "é muito importante ir votar", argumentando que não vale a pena estar sempre "a criticar durante todos os anos, durante todos os meses, e depois no dia do voto não o fazer".

"Independentemente de quem vença, independentemente dos resultados, acho que hoje é um dia para celebrarmos a democracia, e é um dia para que a democracia às oito da noite possa dizer que teve hoje um dia de festa. Porquê? Porque a grande maioria dos cidadãos saíram de casa para votar", advogou.

Questionado sobre os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), que referem uma afluência às urnas de 20,94% dos eleitores registados até às 12:00, menos do que em 2017, Ventura disse que este "não é um sinal positivo" e "é uma lição" que tem de ser retirada pelos políticos e líderes partidários, mas mostrou-se esperançoso numa reviravolta.

"O que espero, honestamente, é que durante a tarde haja um reforço da afluência, já aconteceu noutros anos, em que de manhã não estava a correr tão bem, à tarde houve um redobrar de afluência, e o que eu espero é que hoje a população em todo o país saia de casa para votar, há mais uma hora para votar, podemos votar até às oito da noite", lembrou.

Questionado sobre se a pandemia pode influenciar a participação política dos cidadãos este domingo, o líder do Chega confessou que nas presidenciais de janeiro "estava mais pessimista", uma vez que o país estava "no pico da pandemia" e apesar de tudo "a afluência não foi tao baixa como se esperava".

"A pandemia está já noutra fase, o país vive hoje uma fase de abertura, o que espero é que durante a tarde estes números sejam recuperáveis. Se não, há uma coisa que todos os líderes terão que dizer às oito da noite, é que falhámos, todos", apontou.

Ventura foi ainda questionado sobre se a classe política teria falhado aos eleitores que estão hoje em confinamento obrigatório por causa da covid-19 e não podem votar. Estes eleitores, ou residentes em estruturas residenciais das quais não devam ausentar-se, devido à pandemia, puderam votar nos dias 21 e 22 de setembro, mediante inscrição prévia, mas apenas com confinamento decretado pela autoridade de saúde pública até ao dia 18.

"Eu acho que a legislação tem que ser adaptada, não só para esta pandemia, como para outros cenários que possamos ter. Agora, é importante também que as pessoas percebam isto: legislar a 'quente' nunca é boa ideia, porque vamos estar a criar mecanismos , vamos estar a propor alterações que se aplicam agora mas que depois não vão funcionar noutras circunstâncias", argumentou.

Ventura acrescentou que o parlamento "deve sim" adaptar a legislação mas deve fazê-lo depois deste ciclo eleitoral, "com calma, com debate, com ponderação, porque não se fazem alterações em cima do joelho".

O líder do Chega, cuja noite eleitoral vai passar em Braga, disse que passará o resto do dia com a família e "a partir de meio da tarde com a comitiva política".

Líder do CDS apela aos portugueses para que combatam a abstenção e o medo

Lusa

Marcelo lembra papel das autarquias no combate à pandemia

O Presidente da República votou em Celorico de Basto e enalteceu o papel das câmaras municipais e juntas de freguesia no combate à pandemia. "Estamos numa fase completamente diferente, já não há receio, o temor", disse ainda Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando as eleições Presidenciais.

"Ainda falta muito tempo, até às 20h, há hora de almoço, há depois de almoço, há a tarde, há o início da noite... As pessoas que não fiquem em casa, porque seria muito estranho depois do que foi o esforço dos autarcas", disse Marcelo, confrontado com os valores da afluência. "Não vir votar nestas eleições é uma coisa difícil de entender", considerou ainda o Presidente da República.

"As pessoas que não fiquem em casa, porque seria muito estranho, depois de tudo o que aconteceu."

Até às 12h tinham votado 20,1% dos eleitores inscritos

Até às 12h votaram 20,1% dos eleitores inscritos, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Em 2017, à mesma hora, registava-se uma taxa de afluência de 22,05%. 

Líder do PAN espera "dia histórico" com eleição de primeiro vereador

Rui Rio apela aos portugueses que votem, mesmo que votem em branco

O líder do PSD, Rui Rio, também já votou e enalteceu a importância das autárquicas. "As eleições autárquicas são muito diferentes das outras porque são eleições em que o povo vota no povo", clarificou.

E apelou ainda aos portugueses votem, mesmo que seja para votar em branco, no caso de "não gostarem de ninguém".

Rui Moreira diz que ainda vai "fazer uma soneca" antes da noite eleitoral

Rui Moreira lembrou as palavras ordem do pós-revolução: "Vou usar uma expressão que era usada no 25 de Abril: o voto é a arma do povo". O ccandidato à Câmara do Porto votou de manhã e destacou o bom tempo para apelar ao voto.

"Pessoas que depois de quatro anos dizem que não gostaram, deviam participar, deviam ajudar a escolher os seus representantes", disse o atual autarca. 

O autarca disse ainda que os seus planos para o dia incluem um almoço em casa do irmão com a mãe e irmãos e que à tarde planeia "fazer uma soneca" porque não "vale a pena" sair de casa antes das oito.

Moedas e Medina já votaram

O candidato apoiado pela coligação à direita em Lisboa, Carlos Moedas, lembrou o pai na altura de votar: "Dizia que era o dia mais feliz da vida dele". 

Apelou ainda a que todos fossem votar, aporveitando o "dia fantástico de sol".

Moedas informou ainda que passará o dia com família e com o sentimento de "dever cumprido por ter ido votar". "O voto é a festa da democracia", disse ainda.

Já Fernando Medina, que votou na escola Básica Marquesa de Alorna, também aproveitou para apelar ao voto e informou também que vai passar o dia com a família e que apenas ao fim da tarde se vai dirigir para o Pátio da Galé. 

Jerónimo encoraja eleitores a aproveitarem desconfinamento para votar

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encorajou hoje os eleitores a aproveitarem "o desconfinamento para respirar e votar" nas eleições autárquicas, considerando que ainda é cedo para fazer leituras sobre a abstenção.

"Estão criadas as condições para exercer, simultaneamente, um direito cívico, um direito democrático, que é o da votação. Estou esperançado que apesar dessa dificuldade objetiva [por causa da pandemia, os eleitores] aproveitem o desconfinamento para respirar e votar", disse o dirigente comunista no final da votação.

Jerónimo de Sousa chegou ao Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azoia pelas 11:00 e três minutos depois já tinha colocado o boletim de voto na urna.

Interpelado pelos jornalistas sobre se a afluência que encontrou poderá indicar uma abstenção elevada, o membro do Comité Central disse que ainda é cedo para inferências.

"A esta hora da manhã o grau de participação altera-se rapidamente. Com a aproximação da hora do almoço, muitas vezes acabam por retardar à tarde. Portanto, não tem ainda significado em termos de leituras de percentagens", sustentou.

Há quatro anos, a abstenção foi de cerca de 45%, de acordo com as informações disponibilizadas pelo Ministério da Administração Interna.

Questionado ainda sobre se está preocupado com os resultados da CDU, o secretário-geral do PCP disse apenas que os comunistas já passaram por "dezenas e dezenas de votações idênticas a esta" e estão "traquejados".

Tiago Petinga/EPA

Erros nos boletins de voto adiam eleição em Idanha-a-Nova e Águeda

Os boletins de voto para duas assembleias de freguesia, em Águeda e Idanha-a-Nova, continham erros e por isso essas eleições foram adiadas para daqui a duas semanas, revelou a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"As eleições estão a correr muito bem, só foram identificadas duas situações", avançou à Lusa o porta-voz da CNE, três horas após a abertura das mesas de voto para as eleições autárquicas que se realizam hoje em todo o país.

Em causa está o boletim de voto para uma assembleia de freguesia em Águeda em que uma das forças candidatas foi substituída por outra "que nem era concorrente", assim como outro boletim de voto em Idanha-a-Nova em que falta uma candidatura.

Assim, hoje, os eleitores de Idanha-a-Nova que pertencem à freguesia Monfortinho e Salvaterra do Extremo só irão votar para a câmara e assembleia municipal de Idanha-a-Nova, deixando para daqui a 14 dias a eleição da assembleia de freguesia, explicou o porta-voz da CNE.

Em Águeda, os eleitores da União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga só deverão escolher os elementos da Assembleia de Freguesia dentro de duas semanas.

Os erros identificados nos boletins de voto seguem para as respetivas autarquias, cabendo aos presidentes de câmara realizar um novo processo com novos boletins de voto.

As mesas de voto das eleições autárquicas abriram hoje às 8:00 no continente para a escolha dos dirigentes dos municípios e das freguesias para os próximos quatro anos, e nos Açores uma hora depois.

Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), mais de 9,3 milhões de eleitores podem participar hoje na eleição do presidente da câmara, presidente da Assembleia da Assembleia Municipal e do executivo da Junta de Freguesia.

Serão eleitos os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal dos 308 municípios do país e os 3.091 presidentes e executivos das Juntas de Freguesia (na ilha do Corvo, nos Açores, o concelho com menos eleitores, o executivo municipal desempenha também as competências atribuídas à freguesia).

António Costa: "Não foi a minha última campanha"

Antóno Costa votou numa escola em Benfica e, nas desclarações aos jornalistas, apelou a que todos os portugueses fossem votar nestas eleições autárquicas. "Estas eleições autárquicas são mesmo a festa da democracia", classificou.

"Seguramente não foi a minha última campanha eleitoral e acabei de ser reeleito secretário-geral do PS – estou 200% empenhado em governar o país, de acordo com o mandato que me foi dado pelos portugueses", comentou ainda o atual primeiro-ministro.