Os arguidos foram acusados pelo Ministério Público com o crime de "prática de dano qualificado, punível com pena de prisão de dois a oito anos".
O Ministério Público (MP) da Guarda deduziu acusação contra dois indivíduos que, durante um passeio de BTT, vandalizaram um painel de arte rupestre "de valor imensurável" no Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Aquele MP imputou aos dois arguidos o crime de "prática de dano qualificado, punível com pena de prisão de dois a oito anos", e deduziu "pedido de indemnização cível, em representação do Estado, reclamando o pagamento de valores de reparação das rochas e perda de receitas que ascende a 125 mil euros", indica a página oficial da Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra.
À data dos factos, que remontam a 25 de abril de 2017, a Polícia Judiciária (PJ) anunciava ter identificado dois homens considerados os autores do ato de vandalismo de que foi alvo uma gravura do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).
Segundo aquela polícia, os suspeitos foram considerandos " responsáveis pela produção de dois desenhos e uma inscrição legendária sobre o Painel Central de Arte Rupestre da Ribeira de Piscos, pertencente ao Parque Arqueológico do Vale do Côa, vulgarmente conhecido pela representação do 'Homem de Piscos', o qual está classificado como monumento nacional e como património mundial pela UNESCO".
Os factos ocorreram no dia 25 de abril 2017 e foram denunciados no dia 28 pela Fundação Côa Parque, que gere o PAVC e o Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda.
"Fomos surpreendidos com a descoberta de novíssimas gravações de uma bicicleta, um humano esquemático e a palavra 'BIK' diretamente sobre o conhecidíssimo conjunto de sobreposições incisas do setor esquerdo daquele painel, onde, como é universalmente sabido, está o famoso 'Homem de Piscos', a mais notável das representações antropomórficas paleolíticas identificadas no Vale do Côa", disse na altura à Lusa o diretor do PAVC, António Baptista.
Os dois suspeitos, na altura com 25 e 30 anos, foram constituídos arguidos e interrogados nessa qualidade, tendo confessado "a autoria dos referidos desenhos e inscrição legendária, os quais, segundo parecer técnico especializado, terão danificado, de forma irremediável, aquele mencionado património mundial de arte rupestre localizado em Portugal", indicou a nota.
Fonte da PJ adiantou à Lusa que os homens eram, residentes em Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, são suspeitos da prática de um crime de dano qualificado.
Esta situação levou a reforço das medidas de segurança no PAVC.
Dois jovens acusados de vandalizar arte rupestre no Côa
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A Índia poderia estar mais próxima dos EUA, desde que Washington assumiu a travagem da ascensão da China como prioritária. Mas as tarifas de Trump fizeram afastar Modi da rota ocidental e a preferir o lado da "nova ordem autocrática", vinda de Leste e liderada por Pequim. Xi agradece, Putin sorri. Trump, possivelmente, nem percebeu. Podia (devia) ter seguido a lição de Biden
A PSP enfrenta hoje fenómenos que não existiam ou eram marginais em 2007: ransomware, ataques híbridos a infraestruturas críticas, manipulação da informação em redes sociais. Estes fenómenos exigem novas estruturas orgânicas dedicadas ao ciberespaço, com autonomia, meios próprios e formação contínua.