Em carta aos militantes, a Comissão Permanente de Rui Rio considera que a “antecipação das eleições internas” é “totalmente desajustada” e defende que o PSD deve estar “unido” no combate aos “verdadeiros adversários”.
Depois de ter saído derrotado no Conselho Nacional do PSD, após uma tentativa de adiar as eleições diretas no partido, Rui Rio voltou a fazer o mesmo apelo. Numa carta aos militantes, a Comissão Permanente do PSD considera que a "antecipação das eleições internas" é "totalmente desajustada", defendendo que o PSD deve estar "unido" no combate aos "verdadeiros adversários".
PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA
A missiva enviada pelo núcleo duro da Direção de Rui Rio no partido, à qual a Lusa teve acesso, refere que a decisão de antecipação das eleições internas foi feita contra a sua opinião que, na altura, tinha "prudentemente" avisado que poderia haver um cenário de crise política e, "por isso mesmo, propôs que se esperasse pelo fim da votação do Orçamento do Estado para, depois, se marcar a data das eleições internas, em função do que viesse a suceder".
"Os portugueses esperam do PSD uma alternativa clara e credível ao PS. Não esperam um PSD virado para uma disputa interna, enquanto o PS e o Governo vão fazendo livremente a sua campanha, aproveitando as nossas divisões eleitorais", refere a nota, que aponta que "uma maioria de membros do Conselho Nacional decidiu, no passado dia 14, antecipar a realização" do Congresso e das eleições internas do PSD – que terão lugar no dia 04 de dezembro -, por considerarem que "jamais haveria eleições legislativas antecipadas".
"Em nome do interesse nacional e do nosso próprio partido, temos de estar unidos e totalmente focados no combate com os nossos verdadeiros adversários."
A Comissão Permanente do partido considera assim que as próximas eleições legislativas são uma "excelente oportunidade para o PSD aproveitar o bom resultado das autárquicas e ganhar essas eleições", permitindo a substituição de "uma governação totalmente à esquerda por uma outra mais moderada", liderada pelo partido.
"Para isso, em nome do interesse nacional e do nosso próprio partido, temos de estar unidos e totalmente focados no combate com os nossos verdadeiros adversários", refere.
A Direção Nacional do partido salienta assim que, "em face desta realidade", a antecipação das diretas do partido "para uma altura" em que "todos" devem estar "concentrados nas legislativas" é "totalmente desajustada das circunstâncias que o país está a viver e dos objetivos que o PSD deve prosseguir".
Endereçando-se assim aos militantes na "qualidade de primeiros responsáveis pela condução política do partido", a Comissão Permanente afirma que enviou a "reflexão" para que os militantes do partido possam "pensar sobre este importantíssimo momento que o país e o PSD estão a viver".
As diretas do PSD decorrem a 4 de dezembro, e apresentam-se como candidatos o atual presidente do partido, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel.
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