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Detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde vão ficar no Cometlis

Procuradoria Geral da República considera que se verificam "os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas". Foram detidos, Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, dois administradores da sociedade Start Campus e o autarca de Sines.

Os cinco detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde vão ficar no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, em Moscavide, até serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial, disse esta terça-feira à Lusa fonte policial.

Sérgio Lemos/Cofina Media

O chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, opresidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus e um consultor foram hoje detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde.

A Procuradoria Geral da República considera que se verificam "os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas".

Embora não sejam identificados todos os detidos, alguns meios de comunicação social já indicaram que o consultor é Diogo Lacerda Machado, advogado e empresário próximo do primeiro-ministro, enquanto os administradores da sociedade Start Campus de Sines serão Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.

Os detidos ficarão no Cometlis até serem convocados para serem presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

Este caso levou já o primeiro-ministro, António Costa, aanunciar a sua demissãoao Presidente da República, aceite por Marcelo Rebelo de Sousa, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir oConselho de Estado na quinta-feira.

Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".

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