Informação falsa difundida nas redes sociais e partilhada pelo Chega dava conta da presença de uma frota ilegal de navios pesqueiros da China ao largo dos Açores. Caso levou à mobilização da Marinha e da Força Aérea.
Uma informação falsa difundida, em agosto, nas redes sociais e partilhada pelo Chega, sobre a alegada presença de uma frota ilegal de navios pesqueiros da China ao largo dos Açores, custou ao Estado €45 mil, noticia o semanárioExpresso. Este dinheiro foi gasto no envio de meios da Marinha e da Força Aérea para confirmação da ocorrência, mas ao que parece, quando lá chegaram, não havia uma única embarcação.
REUTERS/Santiago Arcos
A 21 de agosto, o deputado do Chega dos Açores, José Paulo Sousa, partilhava uma publicação nas redes sociais cuja imagem mostrava cerca de 15 "barcos inavasores" chineses a pescar na Zona Económica Exclusiva de Portugal. Na altura, o político classificou a situação como "alarmante".
Após esta divulgação, a mesma nota foi partilhada na página oficial do Chega Açores, na qual se podia ler que o "Chega exige uma ação imediata, para defender o mar dos Açores que está a saque".
A notícia levou à ativação do Centro de Operações Marítimas que se articulou com o Centro de Análise de Dados Operacionais da Marinha. Foi posteriormente mobilizada uma terceira entidade, o Centro de Controlo e Vigilância da Pesca da Direção-Geral dos Recursos Naturais e Serviços Marítimos. Só depois é que foi contactada a Força Aérea e a Inspeção Regional das Pescas dos Açores. Sabe-se, segundo o Expresso, que uma das aeronaves P3 Orion percorreu 1.750 milhas náuticas, durante sete horas.
No dia seguinte, o Governo Regional dos Açores informou que este se tratou de "um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática". Foi o suficiente para a Marinha ter gasto €315 e a Força Aérea outros €6.438. O Estado gastou €45 mil, sem necessidade.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"