O primeiro-ministro considera injusto pensar que o crescimento do turismo em Portugal se deve à conjuntura mundial
O primeiro-ministro, António Costa, atribuiu o crescimento do turismo em Portugal à qualidade da oferta, considerando injusto pensar que se deve à conjuntura mundial.
Na sessão de encerramento do Fórum de Turismo "Vê Portugal", esta quarta-feira, António Costa referiu que pensar que o crescimento do turismo "é um crescimento conjuntural e se deve a problemas existentes em outras regiões do mundo" é uma "afirmação injusta".
"Primeiro, para a qualidade da nossa oferta e, sobretudo, para a qualidade e excelência dos serviços turísticos proporcionados pelos profissionais do sector do turismo", sublinhou, considerando que tal ideia é igualmente injusta para "as qualidades intrínsecas que o país tem", nomeadamente "no turismo da natureza, cultural, e na excelência da gastronomia".
Além disso, frisou, os próprios dados "desmentem isso".
"O que temos verificado é que esses problemas se centram em regiões do mundo [onde] a oferta é sol e praia. O grande crescimento que temos tido no turismo nos últimos anos não é na nossa oferta de sol e praia, essa felizmente era boa, continua bem e vai continuar bem. Onde temos tido um crescimento mais forte e significativo é a naquela oferta que não se centra no sol, nem na praia", revelou, apontando que o turismo "triplicou", sobretudo, nas regiões 'fora' de sol e praia.
Para o primeiro-ministro, este crescimento é resultado de uma estratégia prosseguida "ao longo de mais de dez anos de investimento na formação, na criação de novas rotas, numa estratégia inteligente de promoção e de diversificação da nossa oferta turística".
"Significa que o grande desafio que temos é prosseguir o objectivo de diversificar e combater a sazonalidade da nossa oferta. Para isso, é necessário contar com o conjunto do nosso território em toda a sua diversidade", referiu.
António Costa apontou ainda o turismo como um "dos grandes motores do crescimento da economia nacional", tendo em 2016 contribuído "em mais de 16% para o conjunto das exportações de bens e serviços e 49% das exportações só no setor dos serviços".
Por isso, acrescentou, "o crescimento da economia nacional, a fortíssima redução do desemprego e a criação de emprego deve-se muito ao sector do turismo".
António Costa apontou ainda a necessidade de olhar para as regiões de Espanha que fazem fronteira com Portugal e ver o mercado português "como sendo um mercado não de 10 milhões de habitantes, mas de 60 milhões de consumidores".
Por isso, defendeu, a fronteira deve deixar de ser uma linha de separação e passar a ser "ponto de união" entre Portugal e Espanha e entre os agentes económicos e culturais dos dois países, para que se possa "criar em conjunto um grande mercado".
António Costa notou igualmente que o crescimento do turismo não teria sido possível "sem a qualidade do investimento e do profissionalismo daqueles que trabalham no sector".
"Muito obrigado por aquilo que fizeram pelo país", agradeceu.
Costa atribui crescimento do turismo à qualidade da oferta
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