Sábado – Pense por si

Costa anuncia novas medidas. Volta a ser proibido circular entre concelhos ao fim de semana

Todos os estabelecimentos passam a encerrar às 20h00 nos dias úteis e às 13h00 nos fins de semana. Primeira fase da vacinação em lares deve terminar na próxima semana.

Depois da reunião do Conselho de Ministros extraordinária para avaliar as medidas de confinamento definidas no final da passada semana, António Costa considerou que três dias é um período curto para avaliar as medidas, mas "recolhendo elementos de informação", afirma que houve uma redução de cerca de 30% das movimentações. Aos restantes 70%, disse o primeiro-ministro, "não é aceitável mantermos este nível de circulação". 

António Costa
António Costa Miguel A. Lopes/Lusa

Assim, passa a ser proibida a venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar e a venda ou entrega ao postigo de qualquer tipo de bebida, mesmo cafés nos estabelecimentos alimentares autorizados atake-away. São encerrados todos os espaços de restauração nos estabelecimentos comerciais e proibidas campanhas de saldos, promoções ou liquidações que promovam a deslocação de pessoas. 

Também a permanência em jardins passa a ser proibida. 

A proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana é reposta, adiantou António Costa, e todos os estabelecimentos "de qualquer natureza" encerram às 20h00 nos dias úteis e às 13h00 nos fins de semana, exceto os de retalho alimentar que podem prolongar a sua atividade até às 17h ao fim-de-semana.

António Costa esclareceu ainda que outra das medidas aprovadas foi o reforço de fiscalização por parte da ACT e das forças de segurança, que vai estar mais na rua e "mais visível" junto das escolas, , para dissuadir ajuntamentos.

O primeiro-ministro anunciou ainda que a vacinação nos lares, pelo menos a primeira fase, deve terminar na próxima semana. "Segundo a Pfizer estamos em condições de ter uma melhor gestão destockde vacinas e acelerar processo de vacinação nos lares com objetivo de concluir até à próxima semana a vacinação integral da primeira toma em todos os lares salvo aqueles em que há surtos", explicou.

António Costa garantiu que até ao dia 24 deste mês a pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai continuar a aumentar, assim como o número de mortes devido à covid-19.

Depois de anunciar as novas medidas, o primeiro-ministro defendeu que "este não é um momento para festas de anos, para jantares de amigos, para encontrar a exceção para fazer aquilo que sabemos que não podemos fazer". E ressalvou: "Temos de nos proteger e temos o dever de proteger os outros. Não é algo abstrato, é concreto: é a nossa vida e a vida dos outros que está em causa. Ninguém pode ter a imprudência de pensar que o covid só acontece aos outros".

"Preocupem-se pouco com as exceções e concentrem-se na regra. E a regra é muito simples: fiquem em casa", disse Costa, salientando que "é proibido circular na via pública salvo para cumprirem tudo aquilo que é essencial: irem trabalhar, comprarem aquilo que necessitam para se poderem alimentar e arejar o mínimo possível para poderem contribuir para a sua própria saúde mental". "Posto isto, o resto é ficar em casa", concluiu.

Relativamente aos ATL, o chefe de Governo revelou que passarão a ser em funcionamento.

Quanto ao voto antecipado, António Costa considerou que "correu bem, com elevada taxa de participação". Quanto "à forma como foi organizado, foi muito variado nos diferentes concelhos. Houve uns com uma excelente organização e outros onde houve uma má organização", disse.

Quanto aos jantares comícios, Costa lembrou que a lei impede a limitação à atividade política e que cabe a cada candidato e candidata organizar a sua campanha. "Cabe aos portugueses julgar como cada candidato se comporta durante a campanha em pandemia", terminou.

Quanto à requisição civil, Costa diz que se têm vindo a alargar as entidades a colaborar na campanha contra a covid-19 e no apoio ao SNS. "Até agora não tivemos situação onde não houvesse alternativa à requisição", assumiu o primeiro-ministro, dizendo que favorecerá sempre acordos em vez de requisições civis.

Costa não sabe ainda quando as novas medidas entrarão em vigor, por ainda faltar o Presidente da República promulgar este documento para que o mesmo entre em vigor.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!