Covid-19: Especialista avisa para aumento de casos entre os jovens

Diogo Barreto
Diogo Barreto 18 de janeiro de 2021 às 18:30

Manuel Carmo Gomes explicou que para a semana devem registar-se 14 mil novos casos e que casos têm vindo a aumentar entre alunos do secundário e universitários.

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes estima que Portugal registe cerca de 14 mil novos casos diários e 200 mortes a cada 24 horas na próxima semana. E afirma que os números que têm sido divulgados atualmente não pecam por defeito.

Escola Básica Escultor Francisco dos Santos
Escola Básica Escultor Francisco dos Santos

"Estamos com 12.300 contágios por dia", afirmou o médico em entrevista à SIC Notícias, esta segunda-feira. De acordo com Carmo Gomes, ficam por diagnosticar entre dois mil e três mil casos diários, todos os dias. Uma situação preocupante pois vai manter o vírus a circular por mais tempo.

De acordo com Carmo Gomes, na próxima semana Portugal deve registar cerca de 14 mil casos por dia, apontando esta marca para o dia 24 de janeiro, se a curva epidemiológica se mantiver como a de março. No pior cenário possível podem mesmo vir a ser mais de 16 mil casos diários naquela data. O epidemiologista vai ainda mais longe e diz que na próxima semana Portugal deve registar um novo número máximo de mortes, com 220 no pior cenário, mas pelo menos certamente 200 óbitos.

O grupo etário que está com incidência mais elevada é o grupo dos 18 aos 24 anos, alunos universitários, com aproximadamente 1.550 casos por 100 mil pessoas, acumuladas a 14 dias, informou ainda Carmo Gomes, apontando também para o aumento de casos entre a população adolescente. A incidência de casos neste grupo tem aumentado na última semana e a 14 dias verificam-se aproximadamente 1.150 casos por 100 mil pessoas, nas idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos (terceiro ciclo e secundário). O especialista tinha já defendido anteriormente que os alunos com mais de 12 anos deviam ficar com ensino à distância para já, de forma a diminuir os contágios. 

O epidemiologista lembra que se fizéssemos um confinamento igual ao de março, demoraríamos ainda uma semana a atingir o pico das infeções, mas a julgar pelo fim de semana, diz, o confinamento está longe de ser como o de março. "Não foi bom sinal. Não agoira nada de bom."

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