Em 2019, foram detetados 23.800 condutores nessa situação. Aumento é "absolutamente inaceitável", frisa Eduardo Cabrita.
O número de condutores sem seguro detetados pelas autoridades aumentou 200% na última década, de 7.800 em 2010 para 23.800 em 2019, revelou hoje o ministro da Administração interna, Eduardo Cabrita, considerando o aumento "absolutamente inaceitável".
"Segundo orientações dadas às forças de segurança, esta é uma área de intensificação da atividade e que, certamente, ganhará com o projeto em curso de interligação das bases entre a Autoridade Nacional da Segurança Rodiviária, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a PSP e a GNR", afirmou o governante numa conferência, hoje em Lisboa, para comemorar os 40 anos do Fundo de Garantia Automóvel, criado para indemnizações a vítimas de acidentes de automóvel em que o culpado não tem seguro válido.
O ministro anunciou ainda no encontro uma redução da sinistralidade rodoviária este ano para o valor mais baixo desde que há registos estruturados, justificando a redução com medidas tomadas e com os efeitos do confinamento devido à pandemia covid-19.
"Esta é uma dimensão positiva da evolução do país nesta altura. É por isso que se torna absolutamente inaceitável que, entre 2010 e 2019, o número de condutores detetados sem seguro tenha aumentado cerca de 200%", afirmou o ministro da Administração Interna.
Nos seus 40 anos de existência, o Fundo de Garantia Automóvel, gerido pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), assistiu 13 mil pessoas na recuperação de danos corporais e compensou 50 mil pessoas por danos materiais resultantes de acidentes de viação em que o responsável não tinha seguro automóvel válido ou era desconhecido.
Ao todo, o fundo pagou "mais de 430 milhões de euros de indemnizações", revelou no encontro a presidente do supervisor de seguros.
Condutores sem seguro aumentaram 200% na última década
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