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Como sobrevive quem trabalha com Marcelo Rebelo de Sousa

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 09 de março de 2018 às 07:00

Hoje, passam dois anos desde que tomou posse como Presidente da República. Marcelo é imprevisível, indisciplinado e imparável. E para quem trabalha com ele pode ser um desafio. Ou uma canseira para todos. Até os seguranças tiveram de fazer formação no Instituto de Socorros a Náufragos por causa do banho presidencial.

Já toda a gente sabe que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa gosta de tomar banho de mar, de Verão ou de Inverno, junto a Cascais, onde mora, ou onde estiver, mesmo em funções – já houve banho presidencial em Angola, por exemplo, e nos Açores. Mas o velho hábito tem um custo para os seguranças que o acompanham: há sempre um que tem de fazer o sacrifício e, para garantir o bem-estar da mais alta figura do Estado, entrar também na água. Sendo Marcelo um órgão de soberania – o único unipessoal – tem de estar seguro, mesmo dentro de água, se por acaso tiver uma presidencial indisposição. Isto obrigou a que todos os agentes que fazem parte do seu corpo de segurança pessoal tenham feito formação específica, à vez, no Instituto de Socorros a Náufragos. Como já foram todos, agora pelo menos já não calha sempre ao mesmo ter de se enfiar na água gelada, mantendo alguma distância para não ser ostensivo. Este é apenas um dos novos desafios colocados por um Presidente muito fora do formato habitual: indisciplinado, próximo de com quem ele se cruza na rua, amante do improviso, da conversa, das declarações a toda a hora, mais especialista do que os seus assessores em muitas matérias, e teimoso em manter a sua vida do dia-a-dia, em ir ao supermercado ou em ficar na fila para comprar take-away em Cascais. É um Presidente em forma de desafio.

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