Com uma portaria, o Governo autorizou o CEGER a nomear 23 “consultores” e nove “técnicos de comunicação”. O que permitiu reforçar, com discrição e sem anúncios, a estrutura liderada por João Cepeda.
A 17 de novembro de 2022 foi publicada em Diário da República, com dois meses e meio de atraso, a nomeação de Luís Leal Miranda como “técnico de comunicação do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), com efeitos a partir de 1 de setembro anterior. Ora, o CEGER é o “organismo responsável pela rede informática que serve o Governo e o apoia nas tecnologias de informação e de comunicações e nos sistemas de informação”, de acordo com a definição no próprio site. Assim, a contratação de Leal Miranda pode parecer inusitada, já que não lhe são conhecidas competências na área da informática ou de gestão de redes. Foi jornalista, copywriter, de novo jornalista freelance e escrevia sobretudo sobre comida, com algumas incursões em áreas culturais (música e cinema por exemplo) e criou uma pequena editora, a Livraria Plutão. Num texto de 2020 no Observador (a mais recente colaboração que foi possível identificar como jornalista), escrevia “Do bolo de arroz ao pastel de nata: cinco histórias açucaradas da nossa pastelaria” e dissertava sobre o pão de ló, o bolo de arroz, o guardanapo, o pastel de nata e o travesseiro, essa “almofada de doce de ovo e amêndoa [que] tem uma das massas folhadas mais problemáticas da nossa pastelaria”. A contratação levanta duas perguntas: porque se lembrou o CEGER de ir contratar Luís Leal Miranda? E pode?
Como Costa mudou a lei para montar uma central de propaganda
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.