Os abusos deram-se em situações como catequese, escolas católicas, escuteiros, grupos de jovens e outros, havendo igualmente casos de abuso em ordens religiosas. Há bispos suspeitos de ocultação e que ainda estão no ativo.
A Comissão independente criada em janeiro para investigar abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa já recebeu 290 testemunhos válidos de vítimas e 16 casos foram remetidos para o Ministério Público. Há indícios de encobrimento de casos por parte de bispos ainda no ativo.
Num balanço dos primeiros três meses de trabalho, feito esta terça-feira numa conferência de imprensa na Fundação Calouste Gunlbenkian, em Lisboa, o antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio, que integra a Comissão, precisou que entre os 290 testemunhos validados, 16 ainda não prescreveram e, por isso, foram remetidos ao Ministério Público, cita a agência Lusa.
Os abusos deram-se em situações como catequese, escolas católicas, escuteiros, grupos de jovens e outros, havendo igualmente casos de abuso em ordens religiosas, segundo Pedro Strecht, coordenador da Comissão, que lembrou que todas as vítimas "estavam em desvantagem física e emocional perante o abusador", visto serem crianças, cita o SAPO24. Quanto aos abusadores, "a maioria está diretamente ligada à Igreja, não são leigos que trabalham para a Igreja".
Já o psiquiatra Daniel Sampaio referiu que vivemos um tempo "horas desiguais" neste processo, mas que é necessário procurar "informação científica" à volta deste tema.
Daniel Sampaio
Criada em janeiro para investigar abusos sexuais na igreja católica em Portugal, a Comissão Independente já tinha recebido no primeiro mês de atividade 214 testemunhos de vítimas, com idades que variavam entre os 15 e os 88 anos.
As denúncias e testemunhos podem chegar à comissão através do preenchimento de um inquérito 'online' em darvozaosilencio.org, através do número de telemóvel +351917110000 (diariamente entre as 10:00 e as 20:00), por correio eletrónico, emgeral@darvozaosilencio.orge por carta para "Comissão Independente", Apartado 012079, EC Picoas 1061-011 Lisboa.
Na altura, e para fazer chegar a sua ação a mais pessoas, a comissão contactou outras estruturas e instituições com maior proximidade à população, nomeadamente comissões diocesanas, institutos religiosos de Portugal, Instituto de Apoio à Criança, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, Associação Quebrar o Silêncio e o Sistema de Proteção e Cuidado de Menores e Adultos Vulneráveis.
Até ao final do ano, comissão pretende recolher testemunhos e denúncias de pessoas que tenham sofrido abusos na infância e adolescência, até aos 18 anos. No final dos seus trabalhos, será elaborado um relatório, a ser entregue à Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decidirá que ações tomar.
Além de Pedro Strecht, a comissão integra o psiquiatra Daniel Sampaio, o antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio, a socióloga Ana Nunes de Almeida, a assistente social e terapeuta familiar Filipa Tavares e a realizadora Catarina Vasconcelos.
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