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Coligação diz que ainda "há muito a fazer" para reduzir abandono escolar nos Açores

Lusa 08 de agosto de 2024 às 13:25
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A taxa de abandono precoce de educação e formação nos Açores era de 27% em 2019 e em 2020, e foi de 21,7% em 2023.

Os partidos da coligação que suporta o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) consideraram esta quinta-feira que, apesar de a taxa de abandono escolar ter diminuído na região, ainda "há muito a fazer" para que se aproxime da meta nacional.

Quase 75 mil alunos fizeram hoje exame nacional de Português
Quase 75 mil alunos fizeram hoje exame nacional de Português Sábado

"Há muito a fazer, apesar da evolução muito rápida, que nós julgamos que será progressiva [...] nos próximos anos", disse hoje o deputado social-democrata Joaquim Machado.

A taxa de abandono precoce de educação e formação nos Açores, lembrou, era de 27% em 2019 e em 2020, e foi de 21,7% em 2023.

"Há aqui uma descida de mais de cinco pontos percentuais, mas quando a comparamos com os 8% do país, naturalmente temos de reconhecer que estamos muito distante de uma meta que a própria região, pela governação anterior, tinha definido para o ano de 2020, que seria de 10%. E, portanto, há aqui um longo caminho a fazer", admitiu.

O deputado falava hoje em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na delegação da Assembleia Legislativa Regional, em nome dos grupos parlamentares da coligação, numa conferência de imprensa onde apenas foram abordados os resultados escolares obtidos pelo sistema educativo açoriano em 2024.

Segundo Joaquim Machado, uma das medidas para baixar a taxa de abandono precoce de educação e formação no arquipélago "é o acompanhamento individualizado que a região já está a fazer, dos jovens entre os 18 e os 24 anos, que estão nessa situação ou em risco de nela entrarem".

A este trabalho junta-se "um reforço que toda a gente reconhece do ensino profissional como alternativa ao ensino regular, por ter uma componente mais prática, muito mais atrativa, às vezes também em domínios ou em áreas que têm maior afinidade com alguma carga cultural" nas comunidades locais, como a agricultura e as pescas.

"Cremos que a conjugação de todos estes esforços pode concorrer para uma progressiva redução deste fenómeno que, naturalmente, não pode orgulhar ninguém, muito pelo contrário", assumiu.

Na análise dos resultados das políticas educativas aplicadas este ano na região, os três partidos da coligação referiram que o setor "está em boas mãos".

"Os mais recentes resultados verificados nos exames e provas nacionais evidenciam uma evolução positiva, significativamente ainda melhor na comparação com o último ano letivo antes da pandemia", disse Joaquim Machado.

Os resultados, indicou, "são muito animadores, confirmam o acerto do que se tem vindo a realizar e, sobretudo, motivam para fazer o muito que ainda falta".

O porta-voz realçou que no ensino secundário, em 10 disciplinas, a média da região é superior à nacional, inclusivamente em Português e em Matemática A.

"Geometria Descritiva, Geografia A, Espanhol (iniciação), Inglês (continuação), Desenho A, História e Cultura das Artes, Latim A e Literatura Portuguesa são as outras disciplinas nas quais os alunos dos Açores ficaram à frente da média do país", disse.

Já os resultados obtidos pelos alunos açorianos na segunda fase das provas do 9.º ano, "embora continuem a registar médias negativas, mostram uma subida positiva em relação ao ano letivo passado". Em Português, a média foi superior ao todo nacional.

"Nesta disciplina, os 114 alunos açorianos que realizaram a prova obtiveram uma média de 44,8%, enquanto em 2023 se tinha ficado por 33,9%", vincou.

Em Matemática, a média registada este ano pelos 110 alunos que fizeram a prova é de 22,1%, quando no ano passado tinha sido de 18%.

Por comparação com o número nacional, na Matemática os Açores "distam cerca de três pontos percentuais da média geral (22,1% versus 25%)".

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