A aplicação da pena de prisão perpétua, aprovada por unanimidade constava do anterior programa do Chega, em vigor desde a fundação do partido, em 2019, mas não era referida na nova versão do documento.
O Conselho Nacional do Chega aprovou hoje duas propostas de André Ventura que introduzem no novo programa político do partido a prisão perpétua e a criação de uma base de dados para identificar "problemas de subsidiodependência".
André Ventura no VII Conselho Nacional do ChegaLusa
Em matéria de justiça, o presidente do partido propôs um aditamento ao artigo 50.º, que já defendia um aumento da moldura penal máxima para determinados crimes, mas cujo texto passa agora a integrar na sua redação a aplicação de prisão perpétua.
A aplicação da pena de prisão perpétua, aprovada por unanimidade e aclamação, constava do anterior programa do Chega, em vigor desde a fundação do partido, em 2019, mas não era referida na nova versão do documento hoje aprovada na generalidade no VII Conselho Nacional do partido.
A proposta apresentada por André Ventura visa a defesa "intransigente da aplicação da pena de prisão perpétua para a criminalidade mais grave e violenta", depois de o líder do Chega já ter admitido recusar qualquer participação numa coligação parlamentar de governo que "inviabilize" esta solução.
André Ventura apresentou também uma proposta de aditamento a um artigo no capítulo das migrações, cujo texto passa a integrar a ideia de criação de uma base de dados comunitária que procura compreender "problemas de subsidiodependência", com informações de "natureza criminal ou comportamental".
A proposta de aditamento foi aprovada com 73 votos a favor e uma abstenção, depois de no arranque dos trabalhos, na sexta-feira, André Ventura ter defendido a criação de um "cadastro étnico racial" para identificar e solucionar os problemas das minorias.
Já durante a manhã de hoje, o órgão máximo do Chega aprovou, na generalidade, por maioria, sem votos contra e com uma abstenção, o novo programa político do partido, que ficou reduzido a 25 páginas, contra as 60 do anterior.
Ao longo do dia, o Conselho Nacional vai votar propostas de aditamento e substituição ou alteração da redação original de artigos contidos no novo programa.
O novo programa contém menos propostas concretas e deixa de fora algumas ideias, como a referência a uma "profunda revisão da Constituição", e as medidas que queria implementar nesse âmbito, como a presidencialização do regime ou a redução do número de deputados e de ministérios.
No texto hoje aprovado na generalidade também não constam as referências a uma quarta República e a proposta direta de uma reforma do sistema, que integravam o programa em vigor desde a fundação do partido.
O VII Conselho Nacional do Chega termina hoje, em Sagres, no Algarve, contando com a participação de uma centena de conselheiros.
O debate e aprovação do programa do Chega, que dividiu o partido, esteve agendado para o congresso nacional de Coimbra, de 28 a 30 de maio, mas foi adiado para a primeira reunião do conselho nacional.
Chega aprova proposta de Ventura sobre prisão perpétua para crimes graves e violentos
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Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso