Carlos Moedas disse que primeiro-ministro ia ser tratado como "outro cidadão lisboeta", mas nas imagens divulgadas pelo CM e CMTV vê-se que entre os técnicos está um assessor político: Henrique Galado, chefe de gabinete da vereadora do Urbanismo.
Entre a equipa que ontem foi fiscalizar as obras nos dois apartamentos pertencentes ao núcleo familiar de Luís Montenegro não estavam apenas fiscais da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Nas imagens (divulgadas pelo Correio da Manhã e CMTV) está um elemento de perfil político. Trata-se de Henrique Galado, chefe de gabinete de Joana Castro Almeida, a vereadora do Urbanismo.
A vistoria à obra "foi a considerada adequada pelos serviços de urbanismo competentes que podem, a qualquer momento, fiscalizar obras na cidade de Lisboa", respondeu o gabinete de Carlos Moedas ao Público, em reação à notícia do CM. O presidente da câmara já antes tinha dito que o procedimento neste caso vai seguir os trâmites normais: "O primeiro-ministro de Portugal é tratado como outro cidadão lisboeta. A câmara fez aquilo que tinha a fazer. O cidadão, neste caso, primeiro-ministro, também fez o que tinha a fazer e, portanto, não tenho aqui nada a acrescentar", afirmou à Lusa.
Contactado pela SÁBADO, Henrique Galado não quis esclarecer o que fazia naquela equipa de vistoria, remetendo explicações oficiais para a câmara de Lisboa.
A SÁBADO enviou um conjunto de perguntas ao gabinete de Carlos Moedas mas não obteve resposta até à publicação deste artigo. No entanto, em resposta a uma pergunta do PS durante a Assembleia Municipal que está a decorrer na tarde desta terça-feira, a vereadora Joana Castro Almeida referiu que "as vistorias são sempre por iniciativa da câmara e são sempre técnicas. A única diferença é que houve uma cortesia institucional neste caso", justificando assim a presença do seu chefe de gabinete, além de uma diretora municipal que também esteve no local.
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Câmara de Lisboa faz vistoria ao duplex de Montenegro
Henrique Galado está no gabinete da vereadora desde 2021. Embora não seja militante do CDS, segundo apurou a SÁBADO, foi durante alguns meses assessor dos centristas no parlamento e assessor de Assunção Cristas na câmara de Lisboa.
O caso das obras na casa de Montenegro é uma polémica que tem corrido nas últimas semanas em paralelo à da consultora da família do primeiro-ministro, que continua ativa e com prestações de serviços a decorrer. Em 2023 e 2024, o chefe de Governo comprou dois apartamentos num prédio na travessa do Possolo, em Lisboa, que estão há algumas semanas em obras para serem unidos num duplex. Uma das questões prende-se com a necessidade, ou não, de as obras serem comunicadas à autarquia. Certo é que acabaram por sê-lo, mas após surgirem notícias sobre o caso.
Notícia atualizada às 16h29 com a resposta da vereadora na Assembleia Municipal que está a decorrer esta tarde.
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