Sábado – Pense por si

Centeno só há um e continua a mandar nas Finanças

André Rito
André Rito 16 de outubro de 2019 às 07:00

Havia lulinhas fritas no restaurante do avô. Mário Centeno saiu há muito de Vila Real de Santo António, mas na terra ninguém esquece o político que se mantém na pasta que controla o dinheiro público.

Domingo à tarde. As colunas instaladas nos postes de eletricidade tocam música infantil para as crianças que brincam na Praça Marquês de Pombal, no centro histórico de Vila Real de Santo António. Era neste mesmo local, a poucos metros do Restaurante Joaquim Gomes - propriedade do avô materno deMário Centeno-, que o atual ministro das Finanças costumava jogar à bola com os amigos. Entre eles estava também um técnico especialista do seu gabinete, filho de um histórico do PCP do Algarve. Numa terra de fortes movimentações operárias, as ligações ao Partido Comunista atravessavam todas as famílias. Incluindo os Centeno: o pai era próximo do MDP/CDE e os filhos rapazes, Mário e Luís, andaram nos Pioneiros de Portugal.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.