Francisco Rodrigues dos Santos defende que no plano de desconfinamento "deve ser dada prioridade ao ensino presencial nas escolas, em particular para os alunos até aos 12 anos", contudo advoga que a reabertura deve começar só depois "das férias da Páscoa" para evitar "efeitos perversos" e "avanços e recuos".
Para o CDS o plano de desconfinamento deve assumir como principal prioridade o regresso das aulas presenciais, em especial do primeiro e segundo ciclos. No entanto, Francisco Rodrigues dos Santos quer evitar "avanços e recuos" e, como tal, defende que a reabertura das escolas aconteça só depois da Páscoa e a par de uma "testagem massiva" que inclua público e privado.
Depois da audição realizada esta manhã com o Presidente da República a propósito da renovação do estado de emergência e do plano de desconfinamento que o Governo revela esta quinta-feira, o presidente centrista defendeu que na reabertura que se aproxima "deve ser dada prioridade ao ensino presencial nas escolas, em particular para os alunos até aos 12 anos".
Mas para "Chicão", esse regresso às aulas presenciais só deve ocorrer "a seguir às férias da Páscoa" de modo a evitar o risco de "abrir demasiado o país" e criar um "efeito perverso" de posterior recuo nas medidas restritivas de combate à pandemia.
Para evitar "avanços e recuos", em particular em matéria escolar, o líder do CDS considera "necessário reforçar a testagem massiva nas escolas" através da aplicação de "testes rápidos que não podem excluir as escolas privadas". Rodrigues dos Santos espera que não prevaleçam "preconceitos ideológicos" e que o Governo não divida nem distinga os portugueses em função das escolhas que estes fazem para os filhos no que ao ensino diz respeito.
E deixa uma pergunta que serve de exemplo para a importância de não distinguir portugueses recorrendo à entrada do pessoal docente e não docente no grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19. "A vacinação do pessoal docente e não docente também vai distinguir entre o privado e o público?".
Quanto ao encontro informal que ontem manteve com o Governo, Francisco Rodrigues dos Santos assegurou não ter ouvido detalhes do plano de desconfinamento que será amanhã conhecido.
Chicão aproveitou a intervenção feita após a conversa com Marcelo Rebelo de Sousa para criticar o Governo por, "ao fim de dois meses de confinamento", não ter ainda sido "capaz de apresentar um plano de desconfinamento controlado para o país", o qual deve ser, para o presidente centrista, "cauteloso, faseado, muito simples e claro porque o clima de confiança deve ser baseado na compreensão do que vai ser feito".
Esse plano "não poderá ter uma duração muito longa", sustentou ainda, considerando que se for demasiado longo corre o risco de ter de ser revisto em função da "alteração das circunstâncias" provocada pela evolução da pandemia. Como tal, o plano de desconfinamento teve conter um "calendário até ao verão, setor a setor" e baseado em "indicadores e níveis de risco".
Ainda relativamente à reabertura do comércio e serviços, Francisco Rodrigues dos Santos acredita que a "abertura gradual e progressiva deve incidir em primeiro lugar sobre aqueles serviços que, não sendo de primeira necessidade, são de extrema necessidade", tendo apontado como exemplos a área dos cuidados de beleza.
Em relação à evolução da pandemia, "Chicão" notou uma "preocupação premente" relacionada com as novas estirpes, em especial com o facto de "60% das novas infeções" serem provocadas pela chamada variante britânica. Assim sendo, "o CDS defende que tem de haver um reforço do controlo epidemiológico nas fronteiras".
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