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Cavaco alerta para"democracia amordaçada" e classifica números da pandemia como "vergonha"

"É surpreendente a frequência com que ouvimos e lemos notícias que nos deixam com uma certa ideia de que o país se encontra numa situação de democracia amordaçada", criticou Cavaco Silva.

O ex-Presidente da República Cavaco Silva afirmou hoje que Portugal vive "numa situação de democracia amordaçada" e considerou que causam "vergonha" os números recentes da pandemia, que colocaram o país como "recordista" de mortes por milhão de habitantes.

"É surpreendente a frequência com que ouvimos e lemos notícias que nos deixam com uma certa ideia de que o país se encontra numa situação de democracia amordaçada", criticou Cavaco Silva, numa participação, por videoconferência, na Academia de Formação Política das Mulheres Sociais-Democratas.

O antigo primeiro-ministro fez, em pouco menos de meia hora, duros ataques ao Governo, quer na gestão na pandemia, quer na relação com as entidades independentes quer até no processo de construção europeia, alertando que Portugal poderá ser ultrapassado por todos os países da zona euro em poucos anos.

No capítulo da pandemia, Cavaco falou de um Serviço Nacional de Saúde "fragilizado por decisões erradas e graves" por parte do "governo da geringonça".

"Respira-se um sentimento de resignação relativamente às autoridades responsáveis pela gestão da crise pandémica. Mas não podemos deixar de sentir uma certa vergonha ao ver Portugal como recordista em número de mortos por milhão de habitantes, como aconteceu há poucas semanas", disse, saudando, por outro lado, que o processo de vacinação pareça estar "agora a correr bem".

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