Coordenadora do Bloco não irá ser candidata à liderança na próxima convenção.
Catarina Martins vai deixar a liderança do Bloco de Esquerda. Anunciou esta terça-feira que não vai candidatar-se na próxima convenção, em maio.
Pedro Catarino/Cofina
Era coordenadora do Bloco de Esquerda desde 2014. Antes, ocupou o cargo com João Semedo, num modelo de liderança bicéfala.
"Comuniquei aos e às ativistas do Bloco de Esquerda que não serei candidata a coordenadora na próxima Convenção Nacional do Bloco", anunciou Catarina Martins.
Considerando que a década durante a qual esteve à frente dos destinos do BE foi de "vitórias e derrotas", a bloquista defendeu que "o que mudou agora" foi "a instabilidade da maioria absoluta", afirmando que a crise "multiplicada dentro do Governo e em choque com a luta popular é o sinal do fim de um ciclo político".
"No Bloco não há períodos muito longos de funções como a coordenação. O que me fez decidir neste momento foi pensar que é agora que o Bloco deve começar a preparação da mudança política que já aí está", afirmou.
Catarina Martins enfatizou que "neste tempo novo estarão os velhos fantasmas, os ódios racistas que são o retrato de uma política mesquinha e vão estar os poderes de sempre, como a oligarquia que se alimenta da especulação financeira e urbanística, e está também a certeza de que é preciso virar à esquerda".
"Esta renovação que desejo promover vai multiplicar a energia do Bloco", afirmou, garantindo que não vai "andar por aí".
"Estou aqui, eu sou daqui, o Bloco é o partido onde eu estou e vou estar em todas as lutas, a luta toda como sempre. É com muita confiança que eu olho para o futuro do meu partido", assegurou.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.