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Catarina Martins: "Já se percebeu que PS quer muito uma maioria absoluta".

04 de outubro de 2019 às 20:27
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Coordenadora do BE diz que o partido cumpriu os acordos estipulados em 2015 e que, durante a legislatura que agora acaba, se começou "a fazer uma viragem de um outro projeto para o País".

A coordenadora do BE,Catarina Martins, afirmou esta sexta-feira que os bloquistas cumpriram os acordos feitos em 2015 "e não foi para dois, mas foi para quatro anos", considerando que "já se percebeu quePSquer muito uma maioria absoluta".

No último dia de campanha, durante uma arruada no centro de Setúbal, Catarina Martins escusou-se ainda a fazer qualquer comentário sobre o incidente que envolveu esta tarde o primeiro-ministro, justificando que o Bloco se concentrou "desde o primeiro dia - e será assim até ao último minuto - em falar da sua proposta, do seu programa, do seu compromisso para com o seu novo mandato que possa vir a ter a partir de domingo".

"Eu lembro que nós cumprimos os acordos que fizemos em 2015 e não foi para dois, mas foi para quatro anos e o Bloco de Esquerda foi sempre a garantia da estabilidade da vida das pessoas naquilo que conta", respondeu, quando confrontada com os avisos feitos hoje por António Costa para os riscos de um governo com mãos atadas.

"A questão é saber se ficamos com as mãos atadas, ou com a força e a capacidade necessária para cumprir o programa com que nos apresentamos aos portugueses. É preciso um governo de legislatura e não um governo de prazo contado só para os próximos dois anos", declarou o secretário-geral socialista, António Costa.

Na perspetiva da coordenadora do BE "já se percebeu que PS quer muito uma maioria absoluta, mas na verdade este é um país que tem má memória das maiorias absolutas".

"Acho que a nossa responsabilidade, de todos nós, é esperar com humildade pelos resultados de domingo e assumir todas as responsabilidades que esses resultados nos impuserem e é isso que vai ser o Bloco de Esquerda como sempre", defendeu.

Segundo Catarina Martins, durante esta legislatura começou-se "a fazer uma viragem de um outro projeto para o país".

"Para o Bloco de Esquerda estes quatro anos foram apenas um começo, precisamos de fazer tão mais", pediu.

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