O líder parlamentar do PS, Carlos César, considerou hoje que "dificilmente o ministro da Defesa pode ter responsabilidades" no furto das armas de Tancos.
O líder parlamentar do PS, Carlos César, considerou hoje que "dificilmente o ministro da Defesa pode ter responsabilidades" no furto das armas de Tancos, mas ressalvou que, se isso acontecer, Azeredo Lopes terá de "retirar as respetivas consequências".
"O empenhamento da parte do PS é de, não ignorando que incidentes como estes que envolveram o caso de Tancos têm ser resolvidos e uma vez resolvidos retiradas as respetivas consequências políticas, que o importante é preservar as nossas Forças Armadas, a dignidade do Estado", disse aos jornalistas Carlos César, no final da cerimónia do 05 de Outubro, que hoje decorreu em Lisboa, quando questionado sobre o caso de Tancos.
À pergunta se essas consequências políticas serão a demissão de Azeredo Lopes, Carlos César considerou que "se o ministro tiver responsabilidades sobre essa matéria, evidentemente que terá de retirar as respetivas consequências".
Mas, acrescentou, "dificilmente o ministro da Defesa pode ter, evidentemente, responsabilidades sobre isso".
Aquilo que hoje se sabe, recordou o líder parlamentar socialista, "é que houve um roubo numa instalação militar", um incidente sobre o qual a responsabilidade não foi do ministro da Defesa e, em relação ao qual, "o Governo atuou prontamente".
"Quando a investigação judicial que está a ser feita chegar ao seu termo nós veremos o que se passou e quem teve responsabilidades diretas sobre essa matéria", disse Carlos César, que é também presidente do PS.
Para Carlos César, as "Forças Armadas são uma instituição central e referencial da democracia, que prestigiam o Estado português".
"As Forças Armadas são um esteio da dignidade nacional, são um esteio do prestígio que hoje felizmente o nosso país tem na Europa e na comunidade internacional e nós devemos estar empenhados justamente na defesa desse instrumento fundamental que convive na nossa democracia e que lhe é estrutural", enalteceu.
Já sobre o discurso do Presidente da República, Carlos César considerou "muito importante a sua alocução", uma vez que "permitiu aos portugueses fazer uma vez mais uma leitura daquilo que foi o percurso de Portugal neste mais de um século".
"O património que hoje temos deste século de lutas é um património a preservar, que é o da democracia, que é um regime no nosso país assente num conjunto de instituições e, agora que tanto se fala nessa dimensão das nossas Forças Armadas, a quem devemos justamente, no 25 de Abril, a devolução das liberdades e da democracia que hoje vivemos", enalteceu.
Para o socialista, é "muito importante que todos aqueles que têm cargos políticos, sejam eles na administração local, na administração central, na administração regional, seja no âmbito executivo, seja no âmbito parlamentar, se concentrem numa ação que dê conteúdo à nossa democracia".
"Uma vez mais esta comemoração do 05 de Outubro permitiu que essa consciência fique entre nós, de que o regime que temos, com todos os seus defeitos, com todas as suas omissões, é o melhor e aquele que mais proporciona a intervenção das pessoas e a defesa dos direitos das populações", elogiou.
O Presidente da República deixou hoje no seu discurso do 05 de Outubro mensagens sobre a renovação dos mandatos, contra "regimes de poder pessoal", e a necessidade de "atenção a entidades estruturantes como as Forças Armadas".
Marcelo Rebelo de Sousa falou destes dois temas de passagem, durante uma intervenção de cerca de dez minutos na sessão solene comemorativa do 108.º aniversário da Implantação da República, na Praça do Município, em Lisboa, em que apelou à permanente construção da democracia, advertindo para as lições da história dos últimos cem anos.
Carlos César: "Dificilmente o ministro da Defesa pode ter responsabilidades"
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