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"Caetano nunca teve a mesma força que Salazar"

Sara Capelo
Sara Capelo 02 de setembro de 2018 às 18:00

Entre candidatos da linha dura, diz Filipe Ribeiro de Meneses, o biógrafo de Salazar, a nomeação de Marcelo Caetano até foi surpreendente: pesou mais a sua competência e ligação ao ditador do que as suas teses federalistas sobre África.

Conta-se que naquele ano e meio em que esteve "enclausurado longe da vista dos portugueses", como descreve Filipe Ribeiro de Meneses, António de Oliveira Salazar acreditou que continuava a ser presidente do Conselho. A governanta D. Maria e outras figuras do regime encenariam reuniões, escondiam jornais. Era como se Marcelo Caetano nunca tivesse assumido o cargo na sequência do coma em que Salazar entrou semanas depois de ter caído da cadeira. Contudo, revela o biógrafo neste entrevista por email àSÁBADO, dados os problemas de lucidez é "impossível saber com precisão" se essa farsa existiu.

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