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Bastonário defende que violência contra médicos seja prioritário para a justiça

12 de março de 2020 às 20:10
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Miguel Guimarães lembrou a "grande escalada" que tem havido no número de agressões contra profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros.

O bastonário daOrdem dos Médicosdefendeu hoje que os casos de agressões aos profissionais de Saúde têm de ser "uma prioridade para a justiça" e que são necessárias mais condições de segurança nos locais de trabalho.

No primeiro Dia Europeu da Sensibilização para a Violência Contra Médicos e Outros Profissionais de Saúde, Miguel Guimarães lembrou a "grande escalada" que tem havido no número de agressões contra profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros insistindo na necessidade de combater as causas dessa violência.

"Tem havido uma grande escalada naquilo que é a violência contra os profissionais, especificamente contra médicos e enfermeiros. Este dia serve para nos lembrarmos que é fundamental combater as causas que estão na génese deste aumento de conflitos entre profissionais de saúde e doentes", sustentou.

Para o bastonário, a violência contra os profissionais da área da Saúde tem de ser uma "prioridade para a justiça", sendo também necessário "criar mais condições de segurança para os profissionais no seu local de trabalho".

Em comunicado, a OM destaca que o número de casos de violência contra profissionais de saúde não tem parado de crescer e que "falta uma estratégia política clara e forte para combater este problema".

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, até setembro do ano passado, tinham sido reportados 995 casos de agressões, contra os 953 de 2018. Em 30% das agressões, os médicos são as vítimas.

O bastonário preconiza que os casos de violência contra profissionais de saúde "têm que ser considerados prioritários pela justiça, rapidamente julgados e as suas decisões têm de ser públicas para que quem agride perceba que não passa impune".

Hoje foi lançada uma campanha nas redes sociais com frases de alguns dos médicos agredidos estando previstas algumas ações no terreno, logo que a pandemia do coronavírus permita retomar a normal atividade das instituições.

"Não, a violência não é normal!" é o mote desta campanha.

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