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Autarquias lançam maioria de medidas contra alterações climáticas em Portugal

20 de setembro de 2019 às 13:51
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A aliança visa a tomada de medidas para reduzir em 17 mil milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono até 2030.

As autarquias são responsáveis pela maior parte das ações concretas de combate às alterações climáticas em Portugal registadas pela Convenção-quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês).

No mapa das ações concretas desenvolvidas em cada país, a Convenção regista em Portugal 220 medidas e compromissos assumidos quer por cidades, quer por empresas.

Mas são as cidades a assumir 89% desses compromissos, uma tendência comum para todos os dados comunicados ao organismo das Nações Unidas.

No que diz respeito à capital portuguesa, a autarquia de Lisboa tem assumido o compromisso reduzir em 40% as emissões dos transportes municipais até 2030, a mesma data para chegar a 63% da produção municipal de energia.

Oeiras, Moita, Fafe, Braga, Porto, Almada, Guimarães, Torres Vedras, Vila Nova de Famalicão, Torres Vedras, Ovar e Barreiro são outras autarquias portuguesas com metas semelhantes, assumidas no âmbito de uma aliança global de poderes locais pelo clima e pela eficiência energética.

Composta por mais de dez mil cidades em todo o mundo, a aliança visa a tomada de medidas para reduzir em 17 mil milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono até 2030 e 60 mil milhões de toneladas até 2050.

A EDP, por exemplo, tem definidas seis medidas concretas de redução de emissões gerais e de setores específicos da sua operação até 2030, como reduzir a intensidade de emissões em 55% entre 2015 e 2030.

A elétrica portuguesa comprometeu-se ainda a produzir "72% da eletricidade a partir de fontes renováveis até 2020, partindo do patamar de 20% que vem de 2005".

CTT, Galp, Banco Comercial Português, Caixa Geral de Depósitos ou a transportadora Luís Simões são outras entidades empresariais com compromissos de redução de emissões registados pela UNFCCC.

Quanto a ações cooperativas, correspondentes à participação de Portugal com outros países, conta-se a Aliança Powering Past Coal, de transição para longe do carvão como forma de produção de energia, o Climate Smart Agriculture Booster, para adaptar a agricultura a técnicas de produção com o mínimo de emissões carbónicas possível.

Portugal colabora também com outros países na Aliança Geotérmica Global, para aumentar a produção de energia e aquecimento a partir de fontes geotérmicas, e na plataforma Pathways 2050, que visa ajudar países, cidades ou quaisquer intervenientes a prepararem os seus planos de adaptação às alterações climáticas.

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