Há apelidos que marcaram o passado do CDS. Agora fazem parte do futuro: há dirigentes centristas que são filhos de históricos do partido.
O novo líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, quer que "o tal novo partido antigo represente a nova direita em Portugal" – e promoveu para a sua direção rostos da nova geração de centristas. Mas Francisco Rodrigues dos Santos também defende os valores da família tradicional, tendo sido esse um dos pontos fortes do seu percurso de afirmação na JP, a Juventude Popular. Aliás, no congresso apelou a pais e avós que confiassem nele como confiam nos seus filhos e netos. Parece que aconteceu isso mesmo. As duas coisas, família e renovação, encontram-se na composição dos vários órgãos dirigentes do atual CDS: alguns dos novos elementos pertencem a linhagens familiares no partido, alguns mesmo com pergaminhos na história do partido. Há Moreiras (pai e filho), Laplaines Guimarães (de novo pai e filho), Duque filho e Duque pai, Núncio pai, já mais retirado, e Núncio filho, em ascensão. É certo que as coincidências familiares no mesmo partido não são exclusivo do CDS (há descendentes até no Comité Central do PCP) e não é inédita entre os centristas, onde o clã Queiró marcou uma época, mas manifesta-se agora no CDS com especial expressão.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.