O líder da AD mostrou o quão irrealistas são as propostas do Chega (que custariam quase 10% do PIB nacional) e lembrou os tempos em que Ventura era boy do PSD. Mas Ventura estava a jogar outro jogo e colou-o aos problemas do "sistema", dos "bandidos" e "tachos".
É um empate entre Luís Montenegro e André Ventura — mas os dois competiam em jogos diferentes e ganharam. No debate entre os dois maiores partidos à direita, aumentou o fosso entre a velha direita — institucional e democrática — e a nova direita radical — disruptiva e populista. Sorridente e irónico, Montenegro fez as contas e mostrou o quão irrealistas são as propostas do Chega, que custariam quase 10% do PIB nacional; lembrou os tempos em que Ventura aplaudia o PSD e queria Montenegro na liderança social-democrata; e reforçou o "não é não" ao não se aliar por "questões de princípio" a um "partido de políticas xenófobas, populistas e demagógicas", que usa uma "linguagem imprópria" para o espaço democrático. Explosivo e irónico, com mentiras descaradas à mistura, André Ventura colou Luís Montenegro aos problemas do "sistema" — de "bandidos" e "tachos" — e chamou-o de "idiota útil da esquerda" por se recusar a responder se viabiliza governo minoritário do PS, além de salientar uma "arrogância" por achar que pode ter maioria absoluta. Impressionaram pessoas diferentes: dentro do jogo democrático, Montenegro venceu; fora do sistema, Ventura venceu.
"Arrogante" Montenegro e "irresponsável" Ventura perderam jogos diferentes
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.
"O cachecol é uma herança de família," contrapôs a advogada de Beatriz. "Quando o casamento terminou, os objetos sentimentais da família Sousa deveriam ter regressado à família."