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Arcos de 264 mil euros, vigas de 307 mil. A arte que as autarquias compraram

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 12 de janeiro de 2020 às 08:00

Vigas de ferro por 307 mil euros, arcos gigantes por 264 mil e galos por 42 mil. Ou um simples mirtilo gigante por 36 mil

Quem passar pela rotunda da Avenida das Forças Armadas, em Abrantes, vislumbrará três arcos de 15 metros, feitos de aço. O valor da escultura pode, porém, surpreender: o projeto, da autoria do consagrado escultor Charters de Almeida, custou 65 mil euros e a execução quase 150 mil, num total de 264 mil euros (a contar com o IVA), em dois ajustes diretos feitos pela autarquia, então liderada pela atual ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque. A obra foi inaugurada em 2016 para celebrar o centenário de Abrantes e, de acordo com o município, significa "o tempo e a condição das pessoas que fazem a cidade".

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