A proposta da legislação laboral "não ajuda" a cumprir com os objetivos necessários à economia competitiva, já que "não corresponde" no "combate à desigualdade salarial entre homens e mulheres", nem "evita que os jovens emigrem para fora de Portugal".
O candidato presidencial António José Seguro apelou esta sexta-feira ao governo para retirar a proposta laboral e iniciar novas conversações para haver paz e estabilidade social necessárias e disse que será um presidente exigente com governo e partidos.
António José Seguro desafia governo a retirar proposta laboralDR
"Volto a fazer um apelo ao governo para que retire esta proposta e inicie novas conversações na concertação social entre empresários e representantes dos trabalhadores", desafiou o candidato.
No entender de António José Seguro, o pacote apresentado pelo governo "fere um princípio democrático, porque esta proposta de legislação laboral não foi apresentada aos eleitores na campanha eleitoral, depois falhou na concertação social".
"Não percebo, nem a oportunidade nem a necessidade desta legislação laboral. Temos problemas no país aos quais temos de dar resposta e um deles é termos uma economia mais competitiva", entendeu.
E nesse sentido, a proposta da legislação laboral "não ajuda" a cumprir com os objetivos necessários à economia competitiva, já que "não corresponde" no "combate à desigualdade salarial entre homens e mulheres", nem "evita que os jovens emigrem para fora de Portugal".
"Portanto, pergunta-se porquê? Não se percebe a oportunidade de uma lei que ainda por cima vem dividir os portugueses quando nós precisamos de unir os portugueses e de mobilizarmo-nos em respostas aos problemas concretos do país", disse.
António José Seguro defendeu que um país "para progredir tem de ter estabilidade política, mas também precisa de paz social" e "o governo é que tem de ter responsabilidades para criar condições para criar essa paz social.
O candidato falava aos jornalistas à saída da Câmara Municipal de Viseu, após uma visita ao presidente, João Azevedo, vencedor nas eleições autárquicas de 12 de outubro, e o primeiro autarca do concelho eleito pelo Partido Socialista (PS).
Sem querer comentar os números divulgados, quer pelo Governo, quer pelas centrais sindicais, o candidato a Presidente da República realçou que o que lhe "interessa é um país que precisa de crescer economicamente e ser mais competitivo" e essa "é a urgência necessária" para Portugal.
"Quero ser um Presidente da República que seja exigente com os partidos e com os governos para resolverem os problemas dos portugueses e mobilizar o país que tem talento, inteligência e o país tem de voltar a acreditar e ter um projeto de esperança", defendeu.
E acrescentou: "Temos de saber qual é o nosso desígnio e trabalharmos nesse sentido. Esse é o papel do Presidente da República. Venho para unir as pessoas. Há demasiada divisão, há demasiado ódio e venho para promover a esperança no nosso país".
António José Seguro assumiu-se ainda uma "pessoa sempre positiva" e por isso apelou ao diálogo, "porque a democracia é diálogo, não pode ser é eterno" e "é preciso acabar com os braços de ferro em Portugal e promover uma cultura de compromissos e promover uma cultura de soluções para os problemas" de Portugal.
"O país tem o diagnóstico feito, tem soluções, tem propostas. O que é que falta? Falta liderança. E eu como Presidente da República quero ajudar a criar essa liderança, essa iniciativa e essa firmeza", assumiu.
O candidato destacou que "há portugueses e milhares de famílias com dificuldades para chegar ao final do mês, há pessoas que sobrevivem, não vivem" e por isso é que o país precisa "de uma economia mais competitiva para pagar melhores salários às pessoas, para tirar as pessoas da pobreza".
"Temos dois milhões de pobres em Portugal. É altura de parar com as politiquices, com as políticas partidárias e concentrarmo-nos no essencial; encontrar soluções para melhorar a vida dos portugueses", reforçou.
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Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.