De norte a sul do país, verificaram-se encerramentos integrais de blocos operatórios, adiamentos de cirurgias programadas e a suspensão de consultas nos cuidados de saúde primários e hospitalares.
A adesão dos médicos à greve geral rondou os cerca de 80% e levou ao encerramento de blocos operatórios e ao adiamento de cirurgias e consultas, anunciou esta sexta-feira a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).
Médicos
Para a Fnam, a adesão dos clínicos à paralisação, na quinta-feira, demonstra de "forma inequívoca a profundíssima deterioração das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o grau de rejeição dos médicos ao pacote legislação laboral que o governo Montenegro insiste em propor".
Segundo a federação, de norte a sul do país, verificaram-se encerramentos integrais de blocos operatórios, adiamentos de cirurgias programadas e a suspensão de consultas nos cuidados de saúde primários e hospitalares.
A Fnam afirma em comunicado que estes encerramentos e adiamentos da atividade do SNS são "consequências diretas das políticas desastrosas do Governo Montenegro, que têm deteriorado as condições de trabalho e comprometido a capacidade de resposta dos serviços".
"Cada consulta e cada cirurgia programada que não se realizou é da responsabilidade de Luís Montenegro e do seu Governo. Como sempre, os serviços mínimos legislados para os médicos foram integralmente cumpridos", salienta.
Para a Federação Nacional dos Médicos, esta "adesão expressiva" evidencia aquilo que os médicos têm repetido há anos: "Não é possível manter um SNS funcional assente em precarização, horários desregulados, equipas desfalcadas, carreiras estagnadas e exigências incompatíveis com a segurança clínica".
"Bastou um único dia de greve para que o país voltasse a ver o que Montenegro prefere ignorar: Um SNS sem profissionais não consegue responder às necessidades da população", sustenta.
A Fnam diz reafirmar a sua posição, "agora com ainda maior firmeza", continuando a apresentar "soluções concretas" para fixar médicos no SNS, estabilizar equipas, garantir salários justos e condições de trabalho dignas, e assegurar cuidados seguros aos utentes.
"A ação da Fnam prosseguirá com determinação e sem recuos: O Governo já não tem margem para adiar decisões nem para fingir que os problemas não existem. Terá de enfrentar de frente a realidade que os médicos tornaram impossível de disfarçar", garante no comunicado.
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Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.