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Ventura recebe alta hospitalar mas falha o último dia de campanha

O líder do Chega já se tinha sentido mal na terça-feira e acabou por passar a noite no hospital, tendo alta na quarta-feira de manhã. Esta quinta-feira voltou a sentir-se mal e foi levado para o hospital de Setúbal onde realizou um cataterismo e permanece em "observação".

Depois de voltar à campanha, André Ventura voltou a sentir-se mal numa arruada em Odemira. O presidente do Chega voltou a agarrar-se à zona do pescoço e a perder as forças depois de caminhar cerca de 5 minutos numa ação de campanha. André Ventura não chegou a perder os sentidos mas teve de ser transportado pelos seus seguranças para dentro de um carro, onde ficou à espera da ambulância.

UNO VEIGA/LUSA

Ventura começou por receber apoio médico no local mas acabou mesmo por ser transportado de maca para uma das ambulâncias nas proximidades - estava uma dos bombeiros e outra do INEM -, e foi levado para o Centro de Saúde de Odemira onde fez alguns exames, mas passada 1h30 foi mesmo encaminhado para o hospital de Santiago do Cacém onde deverá fazer mais exames.

Ao contrário do que é normal no protocolo de transferências de doentes, Ventura foi acompanhado por um médico na ambulância.

Entretanto, foi encaminhado para o hospital de Setúbal onde vai realizar um cataterismo para despistar doença coronária. Segundo Filipe Seixo, o diretor de cardiologia do hospital de Setúbal, André Ventura "sente-se bem" está "assintomático" mas vai-se manter na unidade de saúde "em observação". Serão ainda feitas analises e "exames adicionais" para excluir hipóteses.

O presidente do Chega já recebeu alta hospitalar, através de uma publicação no X disse que tinha concluídos os exames necessários e que ia regressar a casa. "Senti a vossa força e o vosso apoio em cada minuto destes dias dolorosos", concluiu. No entanto, o partido anunciou que André Ventura "não estará mais na campanha" tendo em conta as "últimas informações médicas".

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O presidente do Chega sentiu-se mal pela primeira vez durante um jantar comício na terça-feira e acabou por passar a noite no hospital, tendo alta na quarta-feira de manhã depois de os resultados dos exames de despiste estarem normais. O diagnóstico revelado pela unidade hospitalar foi refluxo esofágico. O dia de quarta-feira acabou por ser passado no hotel de campanha pelo que André Ventura estava agora a regressar às ações de rua.

Ao chegar a Odemira, André Ventura prestou declarações sobre o tratamento que recebeu no Hospital de Faro, tendo acesso a um quarto isolado nos cuidados intensivos, considerando em resposta aos jornalistas: "Queria que os ciganos me matassem no corredor?"

O líder do Chega defendeu ainda que o seu caso é diferente do de Luís Montenegro quando, no fim de março, o primeiro-ministro foi internado no Hospital de Santa Maria devido a um episódio de arritmia cardíaca. Na altura foi referido que Montenegro teve acesso a um circuito interno que permitiu que não se cruzasse com outros pacientes, agora Ventura defende que entrou "pela via normal no Serviço Nacional de Saúde": "Entrei pelo INEM que foi chamado, e pelos bombeiros, e puseram-me numa sala com segurança à porta". 

No entanto, o Hospital de Faro já referiu que Ventura foi colocado num quarto privado apenas por questões de organização interna dos cuidados intensivos e não por motivos de segurança e tanto o hospital como a PSP negaram que tenham havido quaisquer ameaças à segurança do líder partidário. 

Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, já referiu que as ações de campanha para o resto do dia de hoje não vão ser canceladas. Já Pedro Frazão, vice-presidente do Chega, referiu nas redes sociais que o líder do partido "está a ser acompanhado e a situação está controlada".

Notícia atualizada às 22h51

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