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Numa eventual solução à esquerda, o Livre não prescindirá de um acordo escrito que se traduza no programa do governo.
O Livre insistiu, ao longo de toda a campanha, numa solução governativa à esquerda que dê estabilidade ao país contra uma direita "canibalizada, radicalizada e contra os direitos" e assumiu querer disputar o quarto lugar com a IL.
Andre Kosters/ Lusa
Numa campanha feita maioritariamente na rua, designadamente em mercados, feiras e na distribuição de panfletos, o Livre revelou desde a primeira hora estar disponível para integrar uma alternativa de governação à esquerda e assumir responsabilidades executivas.
Repetindo que é um partido de maiorias e não de nichos, Rui Tavares foi afirmando, quase diariamente, que o Livre não está a concorrer para a oposição, muito menos para a oposição à restante esquerda, mas sim para a governação.
Nessa solução governativa à esquerda, que Rui Tavares considerou ser a mais consistente, o Livre pretende ter uma posição determinante, designadamente para mostrar o caminho que se pode seguir.
Apesar dos apelos diários à mobilização e clarificação dos objetivos da esquerda, o Livre não obteve respostas tão claras quanto desejava, nomeadamente do líder do PS, Pedro Nuno Santos, ao contrário de uma direita que, desde muito cedo, estabeleceu alianças e apresentou cenários pós-eleitorais, designadamente a Aliança Democrática (Coligação PSD/CDS-PP) e a IL.
Ao décimo dia de campanha eleitoral, Rui Tavares criticou Pedro Nuno Santos por ter mais tática do que estratégia ao querer manter todas as opções em aberto e não dizer claramente o que quer fazer.
Descartando sempre das possibilidades de governação o Chega, partido segundo o qual ninguém quer formar equipa, Rui Tavares deixou claro que existem duas alternativas de governação: uma da AD e IL, que apelidou da "dupla do chico-espertismo e do acelera", e outra do progresso, da ecologia e da "condução segura", aludindo à esquerda.
Numa eventual solução à esquerda, o Livre não prescindirá de um acordo escrito que se traduza no programa do governo.
A hipótese de um bloco central foi rejeitada pelo Livre que a classificou de indesejável e prejudicial para o país porque entregaria a oposição à extrema-direita.
Caso Luís Montenegro seja reeleito primeiro-ministro, o Livre colocou como hipótese contribuir para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva, empresa familiar do chefe do executivo, porque as "confusões" à volta daquela vão continuar.
Com a generalidade das sondagens a atribuírem vantagem à AD, o Livre, que na primeira semana nunca as comentou, partiu para a segunda fazendo referência às mesmas para alertar o eleitorado de que esquerda e direita estão "taco a taco" e que até dia 18 de maio tudo é possível.
Sem nunca ter estabelecido uma meta para estas eleições, o Livre revelou, já ao quinto dia de campanha, que quer disputar o quatro lugar com a IL e que, se não for nestas legislativas, será uma questão de tempo até conseguir.
A IL, ou o partido do "motosserismo" como Rui Tavares o apelida, foi o alvo preferencial das críticas do Livre que acusou de defender coisas "verdadeiramente radicais" e de ser "extremista", nomeadamente por querer rever a Constituição.
Nas últimas eleições legislativas, o Livre obteve 3,16% dos votos e elegeu quatro deputados -- dois em Lisboa, um no Porto e um em Setúbal.
Comparativamente às eleições anteriores, o Livre conseguiu mais três mandatos.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.