Na quinta-feira, à saída do Hospital de Setúbal o líder do Chega indicou que não ia regressar para o último dia de campanha antes das eleições este domingo.
André Ventura apareceu na arruada de encerramento da campanha eleitoral do partido depois de se ter sentido mal numcomício em Odemiraesta quinta-feira e ter dito que ia ficar a repousar.
André VenturaAP Photo/Ana Brigida
Na quinta-feira, o partido e o próprio à saída do Hospital de Setúbal tinham anunciado que não ia regressar para o último dia de campanha antes das eleições este domingo, depois de ter realizado um cataterismo e de, ao que tudo indica, lhe ter sido recomendado repouso. Saiu ontem do Hospital de Setúbal com o mesmo diagnóstico que lhe tinha sido dado em Faro, na terça-feira à noite, refluxo esofágico.
André Ventura acabou por aparecer de surpresa na arruada do Chega em Lisboa acompanhado da mulher, Dina Ventura. Foi recebido com militantes e apoiantes entusiasmados, hasteando as bandeiras do partido.
Com os pensos do hospital ainda postos, o presidente do Chega começou por mencionar o seu estado de saúde e a sua presença: "Sei que não devia estar aqui hoje, não conseguia em consciência, em alma não estar aqui hoje por vocês", disse.
"É neste momento que nos levantamos e percebemos a força que temos", acrescentou.
Agradeceu à sua equipa, aos profissionais de saúde que o acompanharam, aos deputados do seu partido "que foram incansáveis nesta luta" e ainda "aos nossos apoiantes, mesmo quando eu já estava a dar sinais de maior debilidade, saíram e lutaram ainda mais".
O líder acredita que foi neste momento de mais fragilidade que os seus apoiantes e a sua equipa mostraram "a força deste partido" que "não é um partido de circunstância, nem de momento, é um partido que não desiste até transformar Portugal".
Referiu ainda que durante os dois episódios de mal-estar, que o levaram aos hospitais de Faro e Setúbal na terça e na quinta-feira, houve muitas pessoas que desejaram mal a André Ventura e ao partido. "Houve muitos que nos quiseram mal, que me queriam morto, acabado, enterrado, mas houve muitos mais que nos deram força", realça.
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É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.