O professor deixou críticas ao almirante Gouveia e Melo, que tem sido apontado como um possível candidato a Belém, indicando que a sua candidatura constitui "uma alternativa".
O coordenador nacional do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, anunciou este sábado a intenção de se candidatar a Presidente da República em janeiro de 2026, assumindo uma candidatura independente e "a favor dos trabalhadores".
"Dentro, simbolicamente, de uma carruagem, ao lado do oceano que liga todos os continentes do nosso planeta pretendo iniciar esta viagem de aceitar ser candidato às eleições presidenciais de 2026", anunciou o dirigente sindical na apresentação da sua candidatura, que decorreu numa carruagem de comboio transformada em bar, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa).
André Pestana disse que se candidata "a favor dos trabalhadores, para os trabalhadores", recusa rótulos de esquerda ou direita, e quer declarar "guerra à precariedade, à destruição dos serviços públicos, as listas de espera que continuam a existir, à escola depósito em que está a ser transformada a escola pública".
De acordo com o manifesto distribuído antes da apresentação, André Pestana está a responder a um desafio que lhe foi lançado por "50 ativistas sociais", sem concretizar quem são. Esta candidatura com o mote "é hora de abrir a pestana", quer que o próximo chefe de Estado seja alguém "diferente, que efetivamente esteja ao lado de quem defende o bem comum".
"No que eu puder, tentarei ser a vossa voz, tentarei ser uma referência para todos os trabalhadores portugueses que continuam a dar o seu melhor e que mesmo assim não têm dignidade. Há dinheiro em Portugal para que todos possamos viver em dignidade, ter direito a habitação digna, a um trabalho digno, sem expulsar e sem dizer que a culpa é dos outros, como a extrema-direita tenta fazer e incutir esses valores em Portugal, que nós não queremos", sustentou oi coordenador do Stop, destacando ainda o combate às alterações climáticas e contra a pobreza.
O professor disse que quer "ouvir e construir" com base "em discussões, sessões, para ser a voz dos sem voz" e que, apesar de ser uma candidatura independente, conta com o apoio de "muitos ativistas do Stop que se identificam com a candidatura, mas a título pessoal".
"A candidatura não tem apoio formal de nenhum sindicato, de nenhum partido, de nenhuma estrutura, há apoio individual das pessoas que individualmente acham que esta candidatura poderá ser uma pedrada no charco, como o Stop foi a nível sindical", indicou, defendendo que "há uma grande maioria dos trabalhadores que está à espera de uma coisa diferente".
O sindicalista deixou também críticas ao almirante Gouveia e Melo, que tem sido apontado como um possível candidato a Belém, indicando que a sua candidatura constitui "uma alternativa".
"Ao contrário de alguns candidatos que dizem que tempos de estar preparados para morrer onde a NATO disser que temos de morrer, acho que a maioria da população portuguesa não quer que os nossos filhos, netos, sobrinhos morram para fazer as guerras dos interesses de outros", afirmou.
André Pestana, 47 anos, é professor e doutorado em biologia. Natural de Coimbra, foi dirigente do partido Movimento Alternativa Socialista (MAS) e é coordenador nacional do Stop, sindicato que fundou em 2018.
As candidaturas presidenciais são apresentadas ao Tribunal Constitucional (TC) até 30 dias antes da data da eleição, e têm de ser subscritas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. Só depois de validadas pelo TC as candidaturas são oficiais.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.