O Ministério Público acusou o antigo presidente do BES/Angola de ter usado verbas do banco para investir na equipa de Alvalade.
O antigo presidente do BES/Angola Álvaro Sobrinho foi acusado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de um crime de branqueamento de capitais agravado. Em causa está o investimento feito pelo empresário no Sporting.
Álvaro Sobrinho
Sobrinho investiu, numa primeira fase, 16 milhões de euros no clube de Alvalade. Essa verba seria utilizada na compra do passe de jogadores para o clube e depois receber em troca uma percentagem aquando da sua venda. O investimento foi feito através de uma sociedade que controlava e da qual era acionista maioritário para investir na SAD, a Holdimo.
Os fundos transferidos para o Sporting foram posteriormente convertidos em ações, sendo que, no total, além dos referidos 16 milhões, foram ainda investidos na SAD mais cerca de quatro milhões de proveniência semelhante. Através da sociedade arguida, Sobrinho passou a deter 29,85% do capital e direitos da Sporting SAD, refere o comunicado.
Essas transferências foram feitas a partir de contas do BESA domiciliadas em Lisboa, cujos fundos se destinavam a financiar a atividade do banco, mas que o arguido utilizou a título próprio.
Em comunicado, a Polícia Judiciária informa que a investigação foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e permitiu comprovar a transferência ilícita de 20 milhões de euros do BESA para a SAD leonina, deixando Álvaro Sobrinho com 29.85% do capital do Sporting Clube de Portugal SAD.
Álvaro Sobrinho foi pronunciado em julho para julgamento no processo do BES Angola, juntamente com o antigo presidente do BES Ricardo Salgado e os ex-administradores Amílcar Morais Pires, Rui Silveira e Helder Bataglia.
O ex-banqueiro angolano é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento, sendo suspeito de se ter apropriado indevidamente de centenas de milhões de euros, num caso cujos factos terão ocorrido entre 2007 e julho de 2014.
A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.