O ministro da Educação admitiu a possibilidade de descongelar o valor das propinas a partir de setembro, explicando que a medida está dependente das conclusões do estudo de avaliação da ação socia
A Federação Académica do Porto criticou esta quinta-feira, 09, as declarações do ministro sobre o eventual descongelamento das propinas, classificando-as de uma insistência ideológica "em contraciclo com as melhores práticas de políticas públicas" europeias.
Carlos Santos
Em declarações à Lusa, o presidente da FAP, Francisco Porto, disse ter visto com "alguma surpresa" o facto de o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, ter retomado o tema da possível subida do valor das propinas no ensino superior a partir de setembro.
"A FAP tem uma posição construtiva sobre o tema e, tal como o senhor ministro, concordamos que o que tem de ser assegurado é a Ação Social e que quem menos tem as mesmas possibilidades de usar o ensino superior como um elevador social, mas não podemos aceitar uma insistência, que só pode ser ideológica, de caminhar em contraciclo com as melhores práticas de políticas públicas da Europa", afirmou Francisco Porto.
Contra o descongelamento das propinas, o representante de quase 80 mil estudantes do ensino público e privado sugeriu uma alternativa: Acabar com a política de devolução de propinas a quem fica a trabalhar em Portugal, uma medida lançada pelo anterior Governo e, na altura, "criticada pelo PSD".
"Se queremos investir na Ação social, mantenhamos as propinas como estão e acabemos com a devolução das propinas, que isso sim, é uma péssima política pública", defendeu.
Sobre o risco de o descongelamento do valor das propinas aumentar o abandono escolar no ensino superior, o presidente da FAP desvalorizou essa hipótese.
"Muito mais do que o impacto direto de estudante a estudante, estamos a falar do impacto da mensagem. O aumento dos custos de estudar no ensino superior é uma mensagem de desvalorização do ensino superior", disse.
Sobre eventuais protestos contra as declarações feitas esta semana pelo ministro, Francisco Porto entende que é preciso esperar para perceber o que irá acontecer.
"Se virmos que a medida tem pernas para andar, tomaremos outras decisões, mas para já não faremos qualquer protesto, porque estamos focados em resolver os problemas do ensino superior sem criar mais problemas".
O possível descongelamento do valor das propinas já tinha sido noticiado por vários órgãos de comunicação social quando estava a ser escrito o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas a medida não chegou a constar da proposta do Governo.
Esta semana, o ministro da Educação admitiu a possibilidade de descongelar o valor das propinas a partir de setembro, explicando que a medida está dependente das conclusões do estudo de avaliação da ação social, que está a ser feito pela Universidade Nova de Lisboa.
Na quarta-feira, no final de uma ronda de reuniões com sindicatos sobre a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), o ministro afirmou que o novo regulamento de ação social deverá refletir todos os custos que os estudantes têm de frequentar o ensino superior, que "envolvem muitas dimensões, incluindo as propinas".
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