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Adolfo Mesquita Nunes apoia João Almeida no CDS para "unir o partido"

"O CDS não pode continuar a ter 4%" dos votos como nas anteriores legislativas, considerou ex-vice-presidente centrista.

O ex-vice-presidente centrista Adolfo Mesquita Nunes manifestou hoje apoio a João Almeida na corrida à liderança do CDS-PP, defendendo que é o candidato que está em melhores condições para "unir o partido".

"Quem aparece com a vontade de unir partido e de não entrar em querelas ideológicas, e de não entrar em querelas entre puros e impuros e de não entrar em querelas entre as supostas elites e as supostas bases e que não quer entrar em querelas de dividir o partido, neste momento, o que está em condições de ser líder do CDS, de discutir com António Costa, capaz de liderar o projeto autárquico do próximo ano, é João Almeida", disse.

Adolfo Mesquita Nunes, que falava aos jornalistas à entrada para o 28.º Congresso do partido, no Parque de Exposições de Aveiro, advertiu que "o CDS não pode continuar a ter 4%" dos votos como nas anteriores legislativas e tem de "dar prova de vida" nas próximas autárquicas.

O ex-deputado afirmou ainda esperar que a reunião magna dos centristas "não seja um congresso de trincheiras, que divida a suposta elite contra as supostas bases".

Cinco candidatos disputam hoje a liderança do CDS-PP: Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), o deputado e porta-voz João Almeida, o antigo parlamentar Filipe Lobo d´Ávila, do grupo "Juntos pelo Futuro", o ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, Carlos Meira, e o líder da Juventude Popular (JP), Francisco Rodrigues dos Santos.

O programa do Congresso, no qual são esperados cerca de 1400 delegados, começa hoje com o discurso de despedida de Assunção Cristas, a ex-ministra da Agricultura que sucedeu a Paulo Portas como presidente, em 2016, e que anunciou a sua saída na noite das legislativas de outubro de 2019, quando o CDS perdeu 13 deputados, e ficou reduzido a cinco, com 4,2% dos votos.

Um dos momentos decisivos do Congresso é a votação das moções dado que é uma espécie de primeira volta para escolher o líder. E quem vencer, por norma, apresenta uma lista candidata à comissão política nacional e demais órgãos do partido.

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