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A criminologista, o árbitro, o fisioterapeuta e a miúda de 21 anos: viagem aos gabinetes do governo

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 04 de setembro de 2020 às 07:00

No mundo dos adjuntos e técnicos especialistas há uma variedade imprevista: com proximidade à JS, conhecimento pessoal, ou um estágio no escritório certo, tudo é possível, até uma criminologista com mestrado em Medicina Legal nas Infraestruturas. Ou um fisioterapeuta na ação social.

Os caminhos para chegar a um gabinete ministerial como adjunto ou técnico especialista não são por vezes os mais lineares. Veja-se, por exemplo, o caso de Maria João Ribeiro. Não lhe falta formação. É criminologista, com um mestrado em Medicina Legal. Mas não está nem na Justiça onde a Criminologia a poderia levar, nem na Saúde, onde a formação em Medicina Legal a poderia ajudar a melhorar esse nicho. A jovem de 27 anos tem como experiência anterior à chegada ao governo dois estágios, um de oito meses, outro de 120 horas, em associações do setor social do distrito de Vila Real. Mas foi lá que o então secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Pedro Nuno Santos a foi descobrir, trazendo-a para sua secretária pessoal em Lisboa em maio de 2016 – tinha a desconhecida criminologista 23 anos. O desempenho terá sido positivo, já que em 2019, no atual Governo, foi promovida à categoria de adjunta com Jorge Delgado, secretário de Estado das Infraestruturas (no ministério de Pedro Nuno Santos).

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