Sábado – Pense por si

35 horas: o grande tabu do Bloco de Esquerda

Bruno Faria Lopes , Maria Henrique Espada 17 de junho de 2021 às 14:00

Uma militante, sindicalista, acusou o partido de manter contratos de trabalho de 40 horas, ao mesmo tempo que politicamente exige que até no privado a lei obrigue ao limite de 35 para todos. "É obsceno", apontou Ana Massas. E o Bloco? Cala-se.

A promotora da moção N na Convenção do BE deixou ficar no palco uma acusação grave: "O Bloco não pode defender para a sociedade o que não pratica internamente. É verdadeiramente obsceno defender as 35 horas de trabalho no público e no privado e praticar cá dentro, contratualmente, as 40 horas. Isto não pode ser a postura de um partido de esquerda que coloca no seu discurso a defesa dos trabalhadores e dos seus direitos. O assédio moral, e neste caso também político, que os trabalhadores do BE sofrem por parte do partido é verdadeiramente intolerável [‘tens de terminar camarada’, ouve-se da mesa].

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Sinais do tempo na Justiça

A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.