Antes vai realizar-se uma parada militar na Praça do Comércio.
O parlamento assinala hoje os 50 anos do 25 de Novembro com uma sessão solene idêntica à realizada em 2024 para comemorar o cinquentenário do 25 de Abril e que será precedida por uma parada militar em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa vai discursar esta terça-feira na Assembleia da RepúblicaLusa
A sessão solene começa às 11:00 e, segundo o cerimonial divulgado pela Assembleia da República, só haverá uma diferença quando comparado com a que se realizou em 2024 para assinalar os 50 anos do 25 de Abril: em vez de cravos vermelhos, o hemiciclo será decorado com rosas brancas.
De resto, o formato da sessão corresponderá precisamente à dos 50 anos do 25 de Abril, designadamente os tempos de intervenção: cada grupo parlamentar terá seis minutos e cada deputado único três.
As intervenções serão feitas, como é habitual nestas sessões, por ordem crescente de representação parlamentar, começando pelo JPP e seguindo-se PAN, BE, CDS-PP, Livre, IL, PS, Chega e PSD.
A sessão contará ainda com um discurso do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, cabendo a intervenção final ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O PCP já fez saber que não marcará presença nesta sessão por considerar que se trata de uma deturpação histórica que visa menorizar o 25 de Abril. No ano passado, quando o parlamento organizou pela primeira vez uma sessão solene do 25 de Novembro, o PCP também tinha recusado comparecer.
Ao contrário da sessão do 25 de Novembro realizada no ano passado, em que todos os convidados assistiram à sessão a partir das galerias, desta vez os principais convidados institucionais, como os presidentes do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas ou o procurador-geral da República, irão sentar-se na meia-lua do hemiciclo, precisamente como acontece nas sessões solenes do 25 de Abril.
O número de arranjos florais também será semelhante ao do 25 de Abril, assim como a decoração exterior da Assembleia da República, com pendões e bandeiras na fachada.
Antes da sessão solene, realizar-se-á uma parada militar na Praça do Comércio, em Lisboa, tal como nos 50 anos do 25 de Abril, que será presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e na qual, entre os partidos de esquerda com assento parlamentar, só participará o PS -- todos os restantes indicaram à Lusa que não vão marcar presença.
De acordo com um programa provisório divulgado pelo Ministério da Defesa, deverão discursar nessa parada o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o tenente-general Alípio Tomé Pinto, presidente da comissão, criada pelo Governo, organizadora dos 50 anos do 25 de Novembro.
A equiparação entre as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e do 25 de Novembro gerou polémica, com a esquerda a acusar a direita de querer equiparar o incomparável e de querer desvalorizar o 25 de Abril.
O PS recusou integrar a comissão criada pelo Governo para estas comemorações, por considerar que oculta "o papel central" de Mário Soares e tem como propósito "criar uma narrativa de confrontação e polarização", e optou por organizar o seu próprio programa comemorativo.
Às 21:00, no Largo do Rato, o PS vai promover uma sessão evocativa da data numa reunião da Comissão Política Nacional, na qual discursará o secretário-geral do partido, José Luís Carneiro, a filha de Mário Soares, Isabel Soares, e o coronel Manuel Pedroso Marques, que presidia ao Conselho de Administração da RTP no dia 25 de Novembro de 1975.
25 Novembro: Assembleia da República assinala os 50 anos esta terça-feira com sessão solene
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