O acusado foi beneficiário do estatuto de proteção internacional enquanto refugiado, e, de acordo com informação do MP, ficou, após os crimes, a cumprir a medida de coação de internamento preventivo no hospital psiquiátrico prisional de Caxias por sofrer de doença mental.
O julgamento do homem que em 28 de março de 2023 matou duas mulheres no Centro Ismaili começa esta quinta-feira, 05, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, com o arguido acusado de 11 crimes pelo Ministério Público.
Segundo o Ministério Público (MP), o arguido (Abdul Bashir), de nacionalidade afegã, está acusado de dois crimes de homicídio agravado, seis crimes de homicídio agravado na forma tentada, dois crimes de resistência e coação sobre funcionário e um crime de posse de arma proibida.
A primeira sessão do julgamento está agendada para as 09:30, no Juízo Central Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, prevendo-se que retome à tarde, pelas 14:00.
O acusado foi beneficiário do estatuto de proteção internacional enquanto refugiado, e, de acordo com informação do MP, ficou, após os crimes, a cumprir a medida de coação de internamento preventivo no hospital psiquiátrico prisional de Caxias por sofrer de doença mental.
"O arguido padecia, à altura dos factos, e ainda padece de anomalia psíquica, desde logo um quadro psiquiátrico de esquizofrenia e de uma perturbação da personalidade mista, designadamente perturbação de personalidade narcisista e perturbação de personalidade antissocial, pelo que foi requerida a declaração da inimputabilidade", indicou a nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal divulgada em março deste ano.
No ataque perpetrado no Centro Ismaili, na capital, o acusado matou duas mulheres com uma arma branca, tendo sido baleado pela polícia e levado, nesse dia, para o Hospital de São José, em Lisboa.
As vítimas mortais são duas portuguesas, de 24 e 49 anos, que trabalhavam no Centro Ismaili nos serviços de apoio aos refugiados.
A família de Abdul Bashir chegou a Portugal vinda da Grécia, no final de 2021, com os três filhos. Viviam em Odivelas e recebiam apoio e formação no Centro Ismaili, que ajuda a comunidade de refugiados em Portugal.
No dia seguinte à ocorrência do crime, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, afirmou, num encontro com jornalistas, não existir "um único indício" de que o sucedido tenha sido um ato terrorista, admitindo que o ataque tenha resultado de "um surto psicótico do agressor".
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